A fundação da República Popular da China aconteceu em 1949 por Mao Tsé-Tung. Em 2019 celebramos 70 anos de grandes transformações sociais e políticas que fizeram do país uma potência mundial. A nação essencialmente agrária converteu-se em líder industrial e se firma como epicentro da tecnologia nos dias atuais. Tradições e costumes milenares se misturam às inovações futuristas na China moderna.

Um dos canteiros comemorativos de flores espalhados por Pequim

As duas primeiras décadas do atual regime foram dedicadas à reconstrução do país, que havia passado por uma guerra civil. A partir da década de 1970, o governo colocou como prioridade os investimentos na indústria, na educação, na agricultura, na ciência e na tecnologia, criando programas para estimular um salto de crescimento econômico em pouco tempo.

Shenzhen é uma das cidades-exemplo da ascensão chinesa. A antiga vila de pescadores foi escolhida para se tornar “zona econômica especial”, política governamental que estimulou a liberdade para comércio e investimento. A nova Shenzhen possui 100% da frota de transporte público composta por veículos elétricos. Transformou-se no centro mundial de fabricação de eletrônicos, e é sede de grandes empresas de tecnologia.

A China é reconhecida como uma das grandes potências econômicas mundiais

Ibrachina e Governo de Shenzhen assinam acordo de cooperação estratégica 

O universo digital do país pulsa em uma sintonia diferente da ocidental – e de forma mais eficiente. Aplicativos e sites que conhecemos possuem suas próprias versões. O WeChat é utilizado em larga escala. Muito além de um mensageiro instantâneo, esse aplicativo criado pela Tencent é também uma rede social, uma plataforma de pagamentos digitais e um portal de mini-apps – é possível integrá-lo com apps de comida, de transporte, de paquera, entre outros. O jornalista Ronaldo Lemos viajou pelo país asiático e compartilhou suas impressões sobre estes e outros aspectos da China futurista em matéria para o caderno “Ilustríssima”, do Estadão.

As celebrações pelos 70º aniversário da República Popular da China seguem as dimensões do país. Pequim inaugurou um novo aeroporto internacional: com área equivalente a 25 campos de futebol, é considerado o maior do mundo. Um museu foi criado especialmente para a comemoração. A nova instalação representa a evolução política, econômica e social. Thomas Law, presidente do Ibrachina, foi convidado pelo governo do país para integrar a comitiva das lideranças da comunidade chinesa na América Latina.

“O crescimento se deve a muitos investimentos em educação. Vimos resultados práticos, desde a ida dos chineses para a Lua até trens que atingem a velocidade de 600km/h. É impressionante o cartão de visita do novo governo quando se fala em desenvolvimento”, declarou Thomas.

Para marcar a data, o governo chinês realizou nesta terça-feira, 1/10, um grande desfile com a participação do povo, cheio de performances coloridas.

Imigração chinesa para o Brasil

A história de chineses e brasileiros começou a se entrelaçar muito antes da fundação da república. Os primeiros imigrantes chegaram no Brasil em 1900, e esse movimento se intensificou a partir da década de 1950. Apesar das barreiras linguísticas e culturais, os recém-chegados persistiram e construíram por aqui uma grande comunidade de identidade forte.

O Ibrachina lançou em 2018 um documentário sobre a imigração chinesa no Brasil. O filme apresenta a história de três imigrantes que moram em São Paulo. O projeto faz parte da missão do Instituto de promover o resgate da história da comunidade chinesa no país e de fortalecer a integração entre as culturas dos dois povos.

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