A etnia hani é composta por aproximadamente 1,5 milhão de pessoas. A grande maioria deles vive nas vastas áreas entre os rios Yuanjiang e Lancang, entre as montanhas Ailao e Mengle, na província de Yunnan. Essa região fica sob a jurisdição da Prefeitura Autônoma Hani-Yi de Honghe.
As terras do hani são ricas em recursos naturais, com depósitos de estanho, cobre, ferro, níquel e outros minerais. As montanhas Ailao são cobertas por árvores como pinheiros, ciprestes, palmeiras, tungue, e os animais selvagens para caça são abundantes.
Origens e História
De acordo com registros históricos, um povo tribal chamado “Heyis” vivia ao sul do rio Dadu no século III a.C. Provavelmente eram os ancestrais dos hani de hoje. Eles migraram para a região à beira do rio Lancang entre os séculos IV e VIII. Durante a Dinastia Yuan (1271-1368), foi estabelecida uma prefeitura para governar os hanis e outras minorias em Yunnan.
O desenvolvimento social dos hani sempre foi baseado na agricultura. Suas terras, numa região de clima subtropical, são férteis e ideais para o cultivo de arroz, milho, algodão, amendoim, anis e chá.
Cultura e Costumes
A língua Hani pertence ao ramo Yi, da família de línguas sino-tibetanas. Antes de 1949, eles não tinham um sistema de escrita próprio, registrando informações por meio de entalhes em pedaços de madeira. Em 1957, o governo ajudou a criar um alfabeto baseado em letras ocidentais.
A maioria deles é politeísta e adora os antepassados, realizando rituais para homenagear os deuses da Terra, Céu e Árvore do Dragão. Celebram seu Festival de Ano Novo (Shiyuenian) em outubro, quando ocorrem cerimônias, sacrifícios de porcos e a preparação de bolos de arroz glutinoso.
As indumentárias hani são feitas de tecido azul-escuro. Os homens usam jaquetas e calças com botões na frente, e as mulheres têm blusas sem gola, também com botões na frente.
A arquitetura Hani consiste em casas de dois ou três andares feitas de bambu, barro, pedra e madeira.
Veja uma dança típica hani, executada no Festival Shiyuenian