A missão de representantes do governo brasileiro e empresários para a China no mês de junho deve gerar muitas oportunidades de negócio. Foram assinadas parcerias que podem abrir diversas portas do grande mercado chinês para os micro e pequenas empresas nacionais (MPEs). No caminho inverso também, permitindo que empresários brasileiros acessem produtos e tecnologias chinesas visando aumentar a competitividade por aqui.
Conforme divulgou o Sebrae, o memorando de entendimento assinado durante a missão – que teve à frente o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França – inclui pontos como a participação em exposições e feiras organizadas por ambos os países, a colaboração para facilitar o acesso às plataformas digitais, o desenvolvimento de MPE que utilizam tecnologias com foco em produtos inovadores, entre outros.
Entre as novidades, o acordo para exportação de café equivalente a US$ 500 milhões nos próximos anos para uma rede de cafeterias com 19 mil unidades. Esse é só um exemplo do grande mercado a ser explorado por empresas brasileiras de todos os tamanhos.
Para o analista da Unidade de acesso a mercados do Sebrae Nacional Gustavo Reis, agora é a hora para que micro e pequenas empresas se organizem e aproveitem as janelas de oportunidades que pode ser abrir com a China. Soma-se a isso o novo perfil socioeconômico – o da classe média – que vem ganhando espaço naquele país, que representa mais um nicho a ser explorado e que está ávido por consumir artigos diferenciados. É um momento que pode trazer benefícios, mas desde que as Micro e Pequenas Empresas estejam preparadas”, alerta.
Além do café, outras atividades que podem se beneficiar são as de tecnologia, como as startups, que têm na aproximação entre os países uma chance para atrair novos investidores.
As microempresas, microempreendedores individuais (MEI) e empresas de pequeno porte (EPP) podem entender melhor esse processo visitando a página de internacionalização do Sebrae.
Importar para garantir diferencial
No outro lado do balcão, o Brasil também está em busca do melhor que o país asiático pode oferecer para as empresas, mas de forma que aumente a nossa produtividade e competitividade por aqui. “A China pode ser interessante tanto para importar quanto para exportar”, explica Gustavo Reis.
O Sebrae realiza diversas ações de imersão que aquecem os negócios chineses. Destaque para os workshops e visitas técnicas, além de feiras e exposições conhecidas internacionalmente. No segundo semestre deste ano, empreendedores brasileiros devem desembarcar em solo chinês em duas missões empresariais organizadas pelo Sebrae. A primeira delas, em setembro, terá como foco o mercado de inovação e construção chinês; já a segunda, em outubro, será para a famosa Canton Fair, considerada a maior feira de importação do mundo, atraindo anualmente diversos compradores do mundo todo para a cidade de Guangzhou. A Feira de Canton traz o que há de mais inovador em eletrônicos, máquinas e equipamentos, automação industrial, material de construção, mobiliário e muitos outros itens que podem ser um diferencial para as empresas brasileiras.
As informações são da ASN.