Esta semana ocorreu o I Fórum Brasil-China – Agricultura, Biotecnologia e Sustentabilidade, que discutiu o papel da biotecnologia na sustentabilidade ambiental.
O evento online reuniu autoridades e especialistas do Brasil e da China. De fato, a biotecnologia agrícola teve papel crucial no Brasil ao longo dos últimos 40 anos, facilitando o aumento da produção, especialmente por ganhos de produtividade, que foram muitos superiores à ampliação das áreas cultivadas.
“Esse processo, capitaneado pela Embrapa, teve grande relevância no desenvolvimento de variedades vegetais adaptadas às condições de solo e clima tropical, o que mudou a face da agricultura brasileira, conferindo intensa produtividade. E essa é uma questão chave, ainda mais agora, quando a sustentabilidade passa a ser o centro da agenda da política internacional. Os avanços tecnológicos tornaram-se fundamentais”, afirmou o embaixador do Brasil em Pequim, Celso de Tarso Pereira.
O evento contou com a participação do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, do secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo, do encarregado de Negócios da Embaixada do Brasil em Pequim, Celso de Tarso Pereira, e do presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), embaixador Luiz Augusto de Castro Neves.
As discussões foram realizadas em dois painéis: “Biotecnologia Agrícola e Ganhos de Sustentabilidade Ambiental, Social e Econômica” e “Caminhos para uma Agenda Bilateral de Cooperação em Biotecnologia Agrícola”.
“A agricultura é uma indústria mais relacionada ao desenvolvimento verde e de baixo carbono, e também uma das áreas mais sólidas e dinâmicas da cooperação China-Brasil”, disse o embaixador Wanming na abertura do fórum.
A cooperação bilateral é altamente complementar e mutuamente benéfica para as duas potências agrícolas, e a China está pronta para fortalecer a cooperação em áreas como pesquisa e desenvolvimento de germoplasma, agricultura de baixo carbono, finanças verdes e agricultura inteligente, assegurou Yang, enfatizando o papel das novas tecnologias e conceitos no processo.
O secretário Fernando Camargo também expressou esperança por mais cooperação, dizendo que “a convergência de propostas em relação à agricultura é enorme” entre os dois países. “Contamos com nossos parceiros chineses e eles podem contar conosco para um agronegócio cada vez mais global, sustentável e inovador”, destacou Camargo.
O fórum online, organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China, atraiu mais de 200 acadêmicos e representantes empresariais dos dois países.
* Com informações de http://www.china.org.cn/world/Off_the_Wire/2021-11/24/content_77890365.htm e EMBRAPA
