Desde a sua criação em 2012, o Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em Nanotecnologia, o (CBC-Nano) tem se destacado como um ponto focal para a colaboração científica entre duas potências globais.
O projeto é resultado de um memorando de entendimento entre o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China. Esta iniciativa pioneira, fruto da parceria estratégica sino-brasileira, tem como objetivo impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento nas áreas de biotecnologia, promovendo avanços significativos que beneficiam não apenas as duas nações, mas também o mundo em geral.
A criação do Centro foi oficializada na Portaria 117, de 13 de fevereiro de 2012, pelo então ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp. Seu objetivo declarado é:
Promover o avanço científico e tecnológico da investigação e aplicações de materiais nanoestruturados;
Consolidar e ampliar a pesquisa em nanotecnologia, expandindo a capacitação científica, visando a explorar os benefícios resultantes dos desenvolvimentos associados a implicações tecnológicas;
Desenvolver programas de mobilização de empresas instaladas no Brasil para possíveis desenvolvimentos na área de nanomateriais.
Estava à frente do projeto, pelo lado brasileiros, Fernando Galembeck, diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas (SP).
O centro sino-brasileiro funciona de maneira virtual e reúne uma rede de cooperativa de pesquisa e desenvolvimento da qual ficará vinculado o LNNano.
Na ocasião, anunciou-se que China e Brasil iriam desenvolver, em conjunto, “materiais nanoestruturados, nanotubos de carbono, produtos e materiais derivados de biomassa e restos agrícolas”.
Galembeck destacou que a ideia era utilizar nanotecnologia para transformar os resíduos agrícolas, uma vez que o Brasil é um dos principais produtores mundiais de alimentos e de commodities agrícolas, gerando grande volume de biomassa não aproveitada.
A China é uma das maiores potências na pesquisa com nanotecnologia, que manipula matérias de tamanho atômico, de 1 a 100 nanômetros. Cada nanômetro tem um milionésimo de milímetro, ou seja, uma unidade 10 mil vezes menor que o diâmetro do fio de cabelo.
Uma parceria de destaque
O CBC-Nano é uma aliança sem precedentes entre duas nações que reconhecem a importância da ciência e da inovação para o progresso social e econômico.
A área de Nanotecnologia tem sido foco de atenção tanto para a China quanto para o Brasil, dado a sua relevância estratégica para o setor industrial na área de ciência e tecnologia. Através da nanotecnologia é possível manipular tecnologicamente uma matéria, e produzir materiais mais resistentes, fortes e exigindo menos energia.
Desde a sua inauguração, o Centro tem se dedicado a fomentar a cooperação entre pesquisadores brasileiros e chineses, oferecendo um ambiente propício para o intercâmbio de conhecimento e experiência.
Seu objetivo é o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas e promover o desenvolvimento sustentável. Entre as soluções oferecidas pelo CBC-Nano estão melhorias na produção agrícola e projetos que tratam de questões ambientais.
