O BASIC é um grupo foi formado por países recentemente industrializados que reúne Brasil, África do Sul, Índia e China.  Esta é mais uma instância onde Brasil e China trabalham em união. Neste caso, o foco principal é o meio ambiente.

O bloco foi oficializado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhagen (COP15), em 2009. Os países membros perceberam a necessidade de unir forças para garantir que suas vozes fossem ouvidas e seus interesses fossem protegidos nas negociações internacionais sobre o clima.

Juntos, esses quatro países representam cerca de 40% da população mundial e são responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais de gases de efeito estufa.

Desde seu surgimento, o grupo tem atuado para manter os preceitos dos acordos internacionais relacionados ao clima e para captar recursos que possibilitem a adoção de medidas de controle das emissões de carbono e do aquecimento global.

O BASIC realiza reuniões regulares para coordenar suas posições e estratégias. Os encontros servem para alinhar as posições sobre temas como mitigação das mudanças climáticas, adaptação, financiamento climático, transferência de tecnologia e mecanismos de implementação do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas.

As principais decisões tomadas pelo grupo também protegem o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável de seus países membros. Isso incluiu o apoio a medidas de adaptação, financiamento climático para países em desenvolvimento, transferência de tecnologia e a defesa do princípio das responsabilidades comuns.

Pautas em comum

As posições de China e do Brasil sobre o meio ambiente são bastante similares. Em abril de 2023, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático, foi criada uma comissão sobre meio ambiente e mudanças climáticas.  

“Brasil e China decidiram fortalecer sua cooperação na área de proteção ambiental, combate à mudança do clima e à perda da biodiversidade, promoção do desenvolvimento sustentável e maneiras de agilizar a transição rumo a uma economia de baixo carbono”, diz um trecho do documento divulgado.

As duas nações comprometeram-se a continuar dialogando posições sobre temas das mudanças climáticas e ambientais de forma bilateral em instâncias específicas, como o Basic e também o Brics, que inclui a Rússia.

Na ocasião, a China também apoiou e parabenizou a candidatura do Brasil para sediar Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) de 2025, em Belém.

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