Durante muitos anos, norte-americanos e europeus dominaram os quadros de medalhas dos Jogos Olímpicos. Porém, os resultados das Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 2021 por causa da pandemia, mostraram que há uma mudança global no meio esportivo.
Os EUA seguem como maior potência (terminando com 39 ouros), mas com a China veio logo atrás, com 38 ouros. Além disso, o Brasil fez a melhor campanha de sua história, ficando no top 12 pela primeira vez. Foram 7 ouros, 6 pratas e oito bronzes.
Tanto Brasil quanto China ainda são forças “emergentes”, no sentido em que seguem crescendo a cada edição dos Jogos. A diferença é que os chineses, ao lado dos russos, já figuram no topo do ranking nas últimas edições da maior competição esportiva do planeta graças aos investimentos maciços dos governos na preparação de atletas.
Para efeitos de comparação, em Helsinque 1952, quando participou de sua primeira Olimpíada, a China voltou para casa sem nenhuma medalha. Com história milenar, os Jogos Olímpicos na era moderna começaram a ser disputados em 1896
Sobre Paris 2024, na China há um sentimento de que será possível fazer história. O país sediou as edições de verão e de inverno das Olímpíadas em menos de duas décadas e também acolheu três Jogos Asiáticos.
Desde Sydney 2000, a China vem crescendo nos rankings olímpicos. Os esportes onde seus atletas se destacam são mergulho, tiro, ginástica, tênis de mesa, badminton e levantamento de peso. Mas há possibilidades de surpresas em modalidades onde não há tanta tradição, como o basquete feminino
Os jogos olímpicos sempre mexem com o coração dos brasileiros. Este ano, diversos atletas do time verde-amarelo são esperança de medalhas por terem feito um ciclo pré-olímpico vencedor.
Atletas da China para ficar de olho
Para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 a delegação levará 405 atletas, incluindo 42 medalhistas de ouro olímpicos. O país competirá em 236 eventos de 30 esportes.
Zhou Jinqiang, vice-diretor da Administração Geral Estatal de Esportes da China, disse que a idade média dos competidores é de 25 anos e que 223 atletas farão sua estreia olímpica.
Conforme reportagem da CGTN, a China sempre atribuiu grande importância ao desenvolvimento dos esportes e participou ativamente do movimento olímpico internacional. Além disso, os atletas chineses estão “prontos para perseguir a perfeição” em Paris 2024.
Uma curiosidade é a presença de Zheng Haohao, skatista de 11 anos da cidade de Huizhou, na província de Guangdong, no sul da China. Ela será a atleta chinesa mais jovem a competir nos Jogos Olímpicos de Paris.
Após garantir o seu lugar na Série Qualificatória Olímpica de Budapeste, ela disse que seu objetivo é ficar “entre os primeiros””. Zheng que comemorará seu 12º aniversário no dia de encerramento das Olimpíadas.
Sun Yingsha, atual campeã do tênis de mesa individual feminino, afirma que está “animada e orgulhosa por vestir a camisa da seleção nacional”.
Atletas do Brasil para ficar de olho
O Brasil tem tradição em esportes coletivos, como vôlei, mas em muitas edições das Olimpíadas alguns atletas se destacaram. No Japão, o Brasil terminou na 12ª colocação com 21 medalhas no total, sendo sete de ouro, seis de prata e oito de bronze.
Na Olimpíada de Paris, o Brasil será representado por 277 atletas em 39 modalidades. É a terceira maior delegação da história.Pela primeira vez, a maioria são mulheres, com mais da metade dos convocados.
Para Paris, alguns nomes podem se consolidar e escrever seus nomes na história do esporte nacional:
Rebeca Andrade na ginástica. Ela é nossa maior ginasta da atualidade. Ganhou duas medalhas em Tóquio, uma de ouro e outra de prata, Rebeca fez um ciclo pré-olímpico perfeito tendo conquistado em 2023 o título no campeonato mundial.
Rayssa Leal, do skate. A “fadinha” segue no topo do skate mundial desde Tóquio, quando conquistou uma medalha de prata. Desde então faturou diversas etapas da Street League, e esteve no alto do pódio na etapa da China em maio de 2024, no pré-olímpico.
Gabriel Medina, do surf. Ele é um dos maiores surfistas brasileiros da história. Ele vem com tudo para Paris 2024, pois nas Olimpíadas de Tóquio, em uma final muito discutida, acabou não figurando entre os 3 primeiros.
Alison dos Santos, o “Piu”, do atletismo. Ele foi um dos grandes destaques do ciclo olímpico, ficando entre os melhores nos 400m com barreiras nos últimos anos. É grande esperança de medalha, se consideramos a posição dele no ranking na Noruega em junho de 2024.
Lucas Verthein, do remo. Ele terminou entre os 10 melhores na competição da modalidade em Varese, Itália, este ano.