O carioca Gabriel Valdetaro é formado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na internet, é responsável pelos perfis de Instagram @vimpraChina e @planejamentoestatal. Em ambos fala sobre a China e o que aprendeu vivendo no país asiático.

Em entrevista ao Chinese Bridge, Gabriel afirma que seu interesse pela China começou na adolescência, quando passou a estudar sobre taoísmo, confucionismo e budismo chinês. “Nessa época, por volta de 2015, eu queria treinar alguma arte marcial e escolhi o Kung Fu por saber que era mais que um esporte, sendo, na verdade, uma forte expressão cultural chinesa que absorveu muito do pensamento tradicional da China e o expressava em suas práticas”, lembra.

O brasileiro declara ser um entusiasta da cultura chinesa. “Me formei em Kung Fu pelo Instituto Wulindao, em 2019/2020. Na minha primeira ida à China estudei mandarim na Beijing Language and Culture University, tenho o certificado HSK Nível 5 de Língua Chinesa. Aualmente moro em Beijing e sou mestrando na Capital University of Physical Education and Sports”, explica.

Após estudar mandarim alguns anos, para entender melhor a cultura chinesa, em meados de 2018 foi para a China pela primeira vez. Na ocasião, treinou artes marciais na sede da sua escola em Beijing. “Como tenho uma alma aventureira, depois disso fiz um mochilão pelo interior da China sozinho somente com meu mandarim básico! Foi aí que de fato me conectei com esse país e entendi que meu destino era voltar para cá e trabalhar com algo que envolvesse a China”, revela.

De volta ao Brasil, estabeleceu como meta juntar dinheiro para mudar-se para a China. Fez também contato com William, professor da Capital University of Physical Education and Sports. Aprimorou muito seu mandarim e passou no HSK 5, ficando em terceiro lugar no concurso Chinese Bridge de Língua Chinesa. No contato com o professor que estava na China, mostrou todo seu amor pelo país o que lhe rendeu um convite para voltar à  China e fazer mestrado com William na Capital University. Ao finalizar todos os trâmites, descobriu que tinha ficado em primeiro lugar na seleção de estudantes internacionais.

Porém, seus planos foram interrompidos pela pandemia. Gabriel estudou o primeiro semestre online, e mudou-se de vez para a China em abril de 2023. Atualmente estuda a Diplomacia Cultural Chinesa, treina Kung Fu e investe seu tempo no fortalecimento das relações entre o Brasil e a China. “Desejo aprofundar a amizade e o Intercâmbio Cultural entre o Brasil e a China, e fazer as pessoas compreenderem esse país incrível! Espero poder fazer contribuições cada vez mais importantes para que eu possa me tornar um embaixador cultural entre os dois países.”

Entre os aspectos do país asiático que admira estão os programas sociais. “Nos últimos anos vimos a seriedade e competência dos chineses em lidar com a pandemia, enquanto o Brasil estava um caos. Em 2021 a China conseguiu erradicar a extrema pobreza no país enquanto todo o resto do mundo estava em crise. Mesmo assim, muitas pessoas e organizações insistiam em difamar a China na internet sem conhecer o mínimo do país. Isso despertou ainda mais o meu interesse pela China e pela política chinesa, que eu admiro e estudo muito”, destaca.

Perguntado como foi a adaptação, o brasileiro sublinha que “compreender a cultura chinesa, a política, a mentalidade e visão de mundo dos chineses ajuda demais. Não podemos visitar outro país com a mentalidade do nosso, não podemos pensar no oriente com a cabeça do ocidente, se você quer compreender a China, você tem que entender pelo menos um pouco da sua história, da sua cultura, filosofia e recomendo que a língua também”.

Ele diz ainda que sempre foi bem tratado pelos chineses, que são muito receptivos e entusiasmados com estrangeiros. Gabriel avalia que a experiência que está vivendo é impar e dá uma dica aos brasileiros que pensam em morar na China: “Busque informações sobre o país. Existem muitas bolsas de estudo na China para estudantes internacionais. Entrem no site do Conselho de Bolsas da China – CSC, órgão do governo chinês responsável pelas bolsas. Lá tem todas as informações e uma lista de faculdades que participam do programa”.

Ao falar sobre sua experiência compartilhando sua vida em solo chinês nas redes sociais, Gabriel celebra ter ganho milhares de seguidores no Instagram e Tiktok, o que mostra o interesse dos brasileiros pela China. Para ele, as redes sociais têm dado a oportunidade de mostrar como é a China de verdade. “Muitas pessoas vêm me falar que começaram a estudar mandarim e que querem vir à China por minha causa! Essa é a minha missão, aprofundar a amizade e o Intercâmbio Cultural entre o Brasil e a China, e fazer as pessoas compreenderem esse país incrível! Então estou muito feliz com o resultado e espero poder fazer contribuições cada vez mais importantes para que eu possa me tornar um embaixador cultural entre os dois países”, relata.

Gabriel entende que o interesse crescente dos brasileiros pela cultura e língua chinesa ocorre pelo sucesso da China na área comercial e geopolítica nos últimos tempos. Outro aspecto que desperta curiosidade é a inovação tecnológica produzida pelos chineses.

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