Conforme levantamento do jornal Folha de São Paulo, em dezembro de 2021, a produção científica chinesa atingiu uma marca histórica. Pela primeira vez o país liderou a produção mundial de ciências.
A pesquisa foi feita com os dados extraídos da plataforma Scimago, que coleta métricas de mais de 20 mil periódicos científicos da base de dados Scopus. De acordo com a análise do jornal, foram 788.000 artigos científicos publicados em 2020 por pesquisadores associados a universidades, instituições e hospitais chineses.
Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos, com 767 mil artigos científicos. A lista dos cinco países melhor rankeados, conta ainda com Reino Unido (249.408), Índia (217.771) e Alemanha (216.474).
O Brasil ocupa o 13º lugar no mundo, com a marca recorde de 100 mil trabalhos acadêmicos publicados em periódicos científicos, 9,34% a mais que no ano anterior.
Áreas de interesse
A China liderou na produção de conhecimento como biologia molecular e farmacologia, ligadas a pesquisas de enfrentamento da Covid-19. Ao mesmo tempo, ficou em primeiro lugar em áreas como astronomia, agricultura, ciências da computação e engenharias.
Já em estudos sobre economia ficou em segundo lugar, enquanto em artes e humanidades, ocupa a sexta posição mundial.
Um dos fatores para esse crescimento são as políticas de promoção e de avaliação da carreira de pesquisa, onde aumento de salário frequentemente está atrelado à produção científica. O resultado prático é que, em 2020, a produção científica na China aumentou 10% em relação ao ano anterior. Na média, são 90 novos resultados científicos por hora, publicados em trabalhos acadêmicos com a participação de chineses.
O resultado também é fruto dos grandes investimentos estatais nas universidades de excelência em pesquisa. Atualmente as de Pequim e Tsinghua estão empatadas em 16º lugar no ranking universitário global Times Higher Education (THE).