Segundo um estudo apresentado pela empresa chinesa de tecnologia Baidu, o uso de carros autônomos reduziu em 90% os números de acidentes de trânsito.
A pesquisa envolveu 115 mil corridas realizadas por táxis autônomos que utilizam o Apollo Go, sistema de navegação da big tech. As viagens foram comparadas com 115 mil viagens urbanas por veículos conduzidos por seres humanos. Com isso, chegaram ao número de redução de acidentes, mostrando o quanto os carros autônomos são mais seguros para os passageiros.
Além da segurança, esses automóveis também reduzem o tráfego nos bairros em 20%, pois o sistema inteligente é capaz de escolher as rotas menos congestionadas.
Outro ponto positivo dessa tecnologia é a capacidade de combinar velocidade, rota e sincronia com faróis. Esses elementos tornam as viagens automobilísticas mais ágeis.
O estudo mostrou ainda uma grande vantagem desses automóveis: a capacidade de responder a falhas de sistema e imprevistos na interação com outros veículos. O Apollo trabalha com uma central de inteligência artificial que garante um trânsito mais rápido e seguro.
Cidadãos chineses esperam em filas para comprar o carro autônomo
Conforme explica Robin Li, fundador da Baidu, em menos de uma década as tecnologias de computação em nuvem, banda larga móvel estável (5G ou 6G) e inteligência artificial estarão “maduras” e haverá uma transformação na maneira como as pessoas se locomovem.
A Baidu projeta que as ruas conseguiriam comportar cerca de 80% mais veículos que atualmente. Isso ocorre poque os carros inteligentes podem “combinar” entre si as melhores rotas, horários e comportamento no trânsito.
Enquanto isso, o mercado automobilístico chinês passa por uma revolução, com várias empresas planejando abandonar de vez a produção de motores movidos a combustível fóssil. Atualmente, metade de todos os carros elétricos do mundo são produzidos em solo chinês.
A população da China se mostra ávida pelas mudanças. Atualmente, para terem acesso aos carros da Baidu, cidadãos de grandes cidades como Beijing, Shangai ou Shenzhen aguardam uma espécie de ‘loteria’.
A fila se dá pela grande densidade populacional das metrópoles e também em razão do controle das prefeituras locais sobre a adição de novos veículos à frota.
À medida que novos carros vão sendo emplacados, eles conseguem usar os automóveis inteligentes, ajudando a coletar dados e melhorar o algoritmo.
O governo estimula a adoção desses veículos. Já existe uma determinação de que, até 2035, todos os novos automóveis sejam movidos por “novas energias” como eletricidade ou hidrogênio verde, por exemplo.