Como parte da Temporada da Cultura Chinesa no Brasil, a Companhia de Ópera Wu de Zhejiang apresenta o espetáculo “Um Passeio na Tradição: Vislumbres da China”. O evento é parte de uma série de apresentações que marcam o aniversário de 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China.
A apresentação inédita será no Teatro Pedro Calmon, em Brasília, dia 16 de agosto.
Os ingressos são gratuitos, mas limitados, e devem ser reservados pela plataforma Sympla AQUI.
Espetáculo reúne coreografia, música e dança
A Companhia de Ópera Wu de Zhejiang é uma das mais renomadas da China, que já se apresentou em 51 países. Com uma rica história de mais de 500 anos, destaca-se por suas melodias nítidas e performance teatrais emocionantes.
Os figurinos coloridos e vibrantes completam a experiência, destacando a autenticidade da cultura chinesa.
Com coreografias enérgicas e instrumentos como suona e huihu, a Ópera Wu é um espetáculo que mescla trechos de peças tradicionais, música e a Dança do Dragão de 9 Segmentos, oferecendo uma experiência cultural repleta de folclore e melodias chinesas.
PROGRAMA
1. Dança tradicional: O dragão de nove peças (9 min)
Embalado pelas melodias inconfundíveis da Ópera Wu, o dragão de nove peças desperta pelas mãos habilidosas dos bailarinos. Símbolo de prosperidade, ele voa entre as nuvens, mergulha no oceano e serpenteia com vivacidade numa coreografia repleta de saltos, giros e acrobacias. Cada gesto leva a plateia a um mundo de sonho, onde o dragão persegue uma pérola, representação da sabedoria. Essa performance artística carrega um significado arraigado na mitologia chinesa, reafirmando as raízes culturais e fortalecendo os laços da nação. Uma celebração da vida, da cultura e das tradições que por séculos moldaram a identidade da China.
2. A donzela celestial espalha flores (6 min 30 s)
Nesta cena icônica, uma criatura celestial enviada por Buda espalha flores sobre a humanidade. A “dança da faixa de seda” requer grande virtuosismo para expressar a conexão entre o celestial e o terreno. A graciosidade dos movimentos combinada à fluidez do tecido cria a ilusão de pétalas flutuando no ar. Figurinos elaborados e o acompanhamento musical intensificam a aura mística. A atenção aos detalhes visuais e a habilidade técnica fazem da apresentação uma experiência envolvente, numa expressão artística que encanta e inspira gerações há séculos.
3. Sanchakou (10 min)
Um general injustamente exilado procura refúgio na pousada de Sanchakou. No meio da noite, um herói chega para resgatá-lo, mas o dono da pousada o confunde com um inimigo e o enfrenta. O encanto da cena está no contraste: os atores se movem num palco iluminado simulando uma luta no escuro. O equívoco se desfaz quando o general intervém, revelando a verdadeira identidade do herói.
4. A ninfa de Sizhou (20 min)
Nesta pérola da Ópera Wu, uma ninfa maligna aterroriza a cidade de Sizhou até ser confrontada pelo lendário Rei Macaco e seu exército celestial. O papel da ninfa exige maestria em artes marciais, acrobacias e atuação expressiva. Sua lança corta o ar com destreza enquanto seu corpo se arqueia em pontes espetaculares. Saltos e giros se integram perfeitamente à coreografia, criando uma performance repleta de energia que desafia a gravidade. As cenas de combate, coreografadas com precisão, apresentam movimentos visualmente impactantes e tecnicamente desafiadores.
5. Solo de huihu: Melodias de Hui (5 min)
O huihu, instrumento de cordas friccionadas com mais de 200 anos de história, é o principal acompanhamento da Ópera Hui. Sua capacidade de alternar entre força e suavidade permite expressar uma ampla gama de emoções, das mais vibrantes às mais delicadas. “Melodias de Hui” reúne algumas das mais belas passagens melódicas desse gênero, destacando a versatilidade do huihu, numa apresentação que demonstra a riqueza e a complexidade da música tradicional chinesa.
6. Interação: Ópera-Pop (6 min)
Uma fusão inovadora que combina elementos da ópera chinesa com a música pop contemporânea. Técnicas de canto e melodias tradicionais se mesclam com ritmos modernos, resultando numa composição instigante e acessível. Essa abordagem preserva a essência da ópera enquanto a torna mais atraente para o público atual. Durante a apresentação, um artista demonstra a arte de pintar as icônicas faces da Ópera Wu, adicionando um elemento visual marcante a essa experiência multissensorial.
7. Solo para suona: Colhendo tâmaras (3 min 30 s)
O suoná, espécie de trombeta conhecida por seu som vibrante e emotivo, é frequentemente usado em ocasiões alegres. Neste solo, as melodias transportam o público para um outono vibrante, onde aldeões colhem tâmaras enquanto conversam animadamente. O burburinho e as risadas criam uma atmosfera festiva. Uma apresentação que captura a essência das tradições rurais chinesas e celebra a alegria encontrada nos momentos simples da vida.
8. A liteira nupcial (8 min)
Uma comédia que se desenrola durante o trajeto de uma noiva em sua liteira, carregada por quatro homens. Entediados, os carregadores resolvem pregar uma peça na noiva, sacudindo a liteira de propósito. Irritada, ela arquiteta sua vingança. As expressões faciais e os movimentos corporais exagerados dos atores intensificam o humor. No final, todos fazem as pazes e reconhecem a importância de colaborar para chegar bem ao destino.
9. Lü Bu doma o corcel (10 min)
Durante a era dos Três Reinos, o general Lü Bu ganha de presente o lendário corcel Lebre Vermelha. Encantado, ele leva suas tropas a uma planície para testar as habilidades do animal arredio. Graças ao seu domínio da arte equestre, Lü Bu consegue domar o cavalo. Cada movimento é coreografado com precisão para transmitir a força e a destreza do guerreiro. Uma demonstração impressionante de habilidade física e controle.
10. Bloqueando os cavalos (12 min)
Nesta peça tradicional, um mal-entendido leva a um combate feroz, onde os guerreiros demonstram seu domínio das artes marciais com técnicas complexas e acrobacias. Conforme a luta avança, a verdade vem à tona, os antagonistas percebem que estão do mesmo lado e unem forças para voltar ao seu país.
11. O Rei Macaco agita a primavera (12 min)
O Rei Macaco, figura carismática da mitologia chinesa, volta ao palco à frente de um grupo de macacos travessos numa exibição de acrobacias e artes marciais. Sua performance no manejo das armas é de tirar o fôlego, enquanto os macacos executam saltos e movimentos corporais complexos. A peça comprova o ditado “para cada minuto de palco, dez anos de treino”, com os atores demonstrando domínio impressionante das técnicas da Ópera Wu. Uma celebração da bravura, lealdade e irreverência que há séculos conquista o público.
Patrocinadores
O evento é uma realização do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina) e do Ministério da Cultura, através de financiamento da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com organização da Embaixada da China no Brasil, patrocínio da CPFL, do Instituto CPFL, da State Grid e do Bank Of China, e apoio do Chinese Bridge Club in São Paulo e Delb.
Serviço
“Um Passeio na Tradição: Vislumbres da China”, da Companhia de Ópera Wu de Zhejiang
Data: 16 de agosto de 2024
Hora: 19:00
Local: Teatro Pedro Calmon, na Avenida do Exército, Setor Militar Urbano, Brasília – DF
Entrada franca, com ingressos emitidos pela plataforma Sympla.
Gênero: Dança
Classificação Indicativa: Livre
Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Intérprete de libras na sessão.
Para maior comodidade, é recomendável chegar 30 minutos antes do horário marcado no ingresso.