Com cerca de 21 mil pessoas, os membros da etnia jino (também grafada jinuo) vivem no município de Jinoluoke, condado de Jinghong, parte da Prefeitura Autônoma de Xishuangbanna Dai, província de Yunnan.
Jinoluoke é uma área montanhosa que se estende por 70 km de leste a oeste e 50 km de norte a sul. Seu clima é chuvoso e subtropical com temperatura média anual de 20 graus. Isso facilita muito o cultivo de arroz e milho de terras altas e úmidas.
Além disso, o famoso chá Pu’er cresce no Monte Jino. Jinoluoke também tem uma longa história de cultivo de algodão e é abundante em frutas tropicais como banana e mamão. Elefantes e bois selvagens vagam pelas densas florestas primitivas que também são habitat de macacos, calaus e outras aves. A região é rica em recursos minerais.
História e cultura
A língua desta minoria étnica pertence ao austronésio tibeto-birmanês do filo sino-tibetano. Eles não têm um alfabeto próprio e historicamente mantêm registros por meio de entalhes em madeira ou bambu. Hoje em dia, o mandarim é de uso comum entre o povo jino.
Acredita-se que os jino migraram para Jinoluoke vindos de Pu’er e Mojiang ou de lugares ainda mais ao norte.
A maioria da etnia jino é formada por agricultores. Eles são conhecidos como grandes caçadores. Quando os homens saem para caçar, carregam bestas com flechas envenenadas ou espingardas. Eles também são especialistas no uso de armadilhas e laços para capturar animais silvestres. Geralmente caçam em grupos e dividem o resultado igualmente entre os todos da aldeia. Atarefa das mulheres é colher frutos silvestres nas florestas. Ervas comestíveis também são coletadas para uma sopa cozida junto com a carne.
Em algumas comunidades eles mantêm a tradição de escolher o Zhuoba (pai da aldeia) e a Zhuose (mãe da aldeia) eram os líderes de uma aldeia comunal. Por serem as pessoas mais velhas da aldeia, eram respeitados por todos. Tornaram-se líderes de aldeia em virtude da sua antiguidade, não porque fossem corajosos na guerra ou eloquentes no discurso. Após sua morte, o próximo mais velho do mesmo clã é escolhido como sucessor.
Suas funções incluem determinar o início das colheitas e comandar as celebrações dos festivais. A batida de um grande tambor e gongo nas casas desses idosos marca o início do Ano Novo, quando todos os membros da aldeia, jovens e velhos, correm para as casas dos idosos para cantar e dançar.
Estilo de vida
Os jino vivem em casas de bambu construídas sobre palafitas no topo de colinas planas. Os homens costumam usar jaquetas brancas sem gola e calças brancas ou azuis de linho ou algodão.
As mulheres preferem vestidos multicoloridos e bordados sem gola e saias curtas pretas com bordas vermelhas e abertas na frente. Muitos usam saias longas e perneiras. Eles também usam o cabelo preso em um coque logo acima da testa e colocam chapéus de linho com pontas.
É costume tanto homens quanto mulheres andarem descalços e colocarem pedaços de bambu ou madeira nos lóbulos das orelhas. Os jino carregam produtos e resultado das colheitas em cestos nas costas com tiras amarradas na testa.
Eles aprendem a cantar ainda muito jovens. São bons em improvisar poemas e colocá-los em melodias agradáveis extemporaneamente. Nas festas de fim de ano, os jovens dançam as canções entoadas pelos mais velhos.
Existem muitos festivais jino. O maior acontece no dia de Ano Novo em março e é comemorado em datas diferentes em diferentes aldeias. Existem adorações para “Dragão Grande” e “Dragão Pequeno”, ambos servem para orar por boas colheitas e pedir livramento dos desastres. Um festival é realizado anualmente após a colheita, no qual todos os jino se reúnem para se servirem do arroz recém-colhido.
Veja como é uma dança típica dos jino