Anualmente, o Dia Nacional do Futebol é celebrado em 19 de julho. O esporte mais popular do planeta é uma maneira de unir países distantes geograficamente, como Brasil e China.
Isso pode ser observado na seleção chinesa, conhecida como “o time do Dragão”, que tem vários jogadores nascidos no Brasil no elenco principal: Ai Kesen (Elkeson), A Lan (Alan), Luo Guofu (Aloísio), Fei Nanduo (Fernandinho) e Gao Late (Ricardo Goulart).
Após iniciarem suas carreiras como jogadores profissionais em clubes brasileiros, mudaram-se para a China para atuar em clubes do país asiático. Depois de um tempo, os atletas adotaram a nacionalidade chinesa.
Alguns deles voltaram a jogar no Brasil, como Elkeson que está no Grêmio, Ricardo Goulart, que foi para o Santos, e Aloísio, agora jogador do América-MG. Em seus registros na CBF, todos constam como jogadores estrangeiros.
No caso de Elkeson, a identificação é tão grande, que ele pediu ao novo clube para usar Ai Kesen na camiseta. Conforme noticiou a imprensa esportiva, o atacante da seleção da China, Elkeson, afirmou ao Grêmio que a decisão de usar a grafia chinesa era uma forma de respeito ao seu país. Contudo, o clube gaúcho não permitiu. Mesmo assim, em seu perfil nas redes sociais lê-se “Ai Kesen 艾克森”.
Popularização do futebol é projeto de longo prazo na China
Uma forma de acelerar a qualificação do time que representa a China em competições internacionais foi a naturalização de atletas estrangeiros. O convite aos brasileiros deve-se ao reconhecimento das suas habilidades com a bola. O objetivo é gerar interesse das novas gerações, acostumadas a acompanhar as grandes estrelas do esporte.
A Associação Chinesa de Futebol divulgou, em 2017, os objetivos para a popularização do esporte no país. Isso inclui a melhora da seleção nacional no ranking mundial, passando do 82º lugar para o 70º, a formação de um milhão de jovens jogadores e a construção de 60 mil campos de futebol.
O diretor do Comitê de Especialistas para a Promoção do Futebol de Campo do Ministério da Educação chinês, Jin Zhiyang, disse que o objetivo do governo é chegar a 50 mil colégios com treinamento de futebol no país até 2025.
Segundo ele, a política de promoção do futebol nas escolas visa ao desenvolvimento sustentado do esporte no país, conhecido pela excelência em modalidades como tênis de mesa, natação e ginástica olímpica. “Queremos melhorar a saúde dos alunos e fundar uma base sólida para o desenvolvimento do futebol na China”, disse. “Não há pressa. É um projeto de longo prazo.”
