A realidade da China ainda é pouco conhecida dos brasileiros. O cinema sempre foi uma boa maneira de mostrar como vivem pesoas de outras lúnguas e costumes, além de desvendar a história dos povos.
O documentário “A Ponte de Bambu”, que mostra a vida do jornalista brasileiro Jayme Martins na China é uma oportunidade de mais brasileiros conhecerem como é a vida no gigante asiático. Filmado pelo diretor Marcelo Machado, mergulha nas memórias daquela famíla e foi gravado na China.
O longa documental será apresentado gratuitamente na Noite de Cinema Chinês, promovida pelo Chinese Bridge Club in São Paulo, dia 20 de setembro, às 19:00, no Ibrawork. As reservas de ingresso podem ser feitas na plataforma Sympla.
A obra cinematográfica registra a rotina da família Martins quando moravam no país asiático. Além de aspectos da vida cotidiana, aborda as grandes transformações pelas quais passou o país e promove uma reflexão sobre a relação da China com os estrangeiros, dentro de seu novo protagonismo global.
Não é exagero dizer que a história dos Martins é uma das mais ricas e duradouras de uma família brasileira na China. Marcelo Machado, amigo pessoal dos Martins, tem uma ligação com a China, pois sua mulher é chinesa. Para ele, rodar um projeto tendo a China como pano de fundo é também uma forma de mostrar às filhas um pouco do país de origem de sua mãe.
Em entrevista ao Museu da Pessoa, Marcelo explica que conheceu a família de Jaime no Brasil. “Achava que eles davam uma grande história. Já tinha feito um documentário com ele na China. Fizemos o documentário “Viagem ao Anhui”. Me parecia quase obrigatório que eu contasse essa história, porque era uma experiência de brasileiros. Hoje a China é tão importante, ocupando um espaço geopolítico. Os brasileiros conhecem tão pouco da China, conhecem quase nada, eu achei que tinha que contar essa história. Comecei e terminei pouco antes do início da pandemia, no final de 2019”, explica.
“A Ponte de Bambu”
Com muita pesquisa em álbuns da família e até em vídeos de arquivo, o longa metragem de 77 minutos é enriquecido por entrevistas com todos os membros da família: Jayme, Angelina, Raquel e Andrea.
O filme traz momentos de confraternização com os amigos chineses, que dão depoimentos sobre a relação com os brasileiros. O material reúne testemunhos e imagens de importante valor histórico e sentimental.
Nele, Jayme e sua família contam como foi viver na China nos anos 1960, presenciar a Revolução Cultural de Mao Zedong e sentir no dia a dia a reforma econômica das últimas décadas, que culminou na superpotência econômica.