Hoje, 31 de outubro, celebra-se o Dia Mundial das Cidades. A data foi criada pelas Nações Unidas em 2013, visando fomentar a cooperação entre estados para enfrentar os desafios da urbanização, além de incentivar o desenvolvimento urbano sustentável.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 da Agenda 2030 da ONU trata de “Cidades e Comunidades Sustentáveis”. Ele norteia as ações da comunidade internacional para as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental.
O Ibrachina trabalha pela implementação da Agenda 2030 e, nesse contexto, entende que as tecnologias de smart cities são um elemento fundamental para que o ODS 11 seja alcançado. A conectividade é um elemento vital para melhorias no bem-estar social e desenvolvimento econômico, além de aprimorar a infraestrutura em todas as suas formas – básica, social e econômica.
As duas verticais andam juntas, pois o foco na transformação das cidades em ambientes sustentáveis foi trazido para a agenda global enquanto ocorreram grandes inovações tecnológicas. Isso pode ser aplicado nas cidades, que concentram mais da metade da população mundial atualmente e deve chegar a 70% até 2050. Conforme o Citigroup, anualmente são gastos US$ 2,1 trilhões em infraestrutura, habitação, educação, saúde, lazer e edificações no meio urbano. A previsão é que US$ 717,2 bilhões sejam investidos em cidades inteligentes até o final de 2023. A quarta parte desse montante será destinada à vigilância, iluminação externa inteligente e transporte público avançado, de acordo com a International Data Corporation.
Ações do Ibrachina
No Brasil os avanços ainda estão restritos às algumas capitais, que possuem programas para torná-las mais inteligentes. O presidente do Ibrachina, Thomas Law, é secretário-executivo da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Smart Cities no Brasil. Ele vem trabalhando ao lado de deputados e senadores para a aprovação de legislações que acelerem a implementação dessas tecnologias, como o Projeto de Lei 976/2021, que Institui a Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI).
Nesse sentido, o Instituto formalizou um termo de cooperação com a Associação dos Municípios de Pequeno Porte do Estado de São Paulo (AMPPESP), cujo objetivo é “a troca de conhecimentos e experiências de modo bilateral e a difusão de novas ferramentas de gestão municipal, especialmente aquelas relacionadas às smart cities”.
Thomas Law participou de reuniões da Comissão de Estudos para a Criação de um Plano de Cidade Inteligente (Smart City) da Câmara Municipal de São Paulo, onde apresentou propostas.
Ao mesmo tempo, o Ibrachina realiza eventos como “São Paulo 2030: uma visão de futuro”, que discutiu as possibilidades de acelerar a transformação da capital paulista em uma smart city. Em parceria com o iCities, o Ibrachina promoveu duas edições da Smart City Session em São Paulo, para debater o tema.
Outra iniciativa digna de nota é a criação do Smart City Council, grupo de especialistas que ajudam a ampliar o debate sobre o tema no Brasil, trabalhando a partir da “tríplice hélice”, envolvendo representantes de empresas, poder público, academia e sociedade.
Participação em eventos
O Ibrachina participa de grandes eventos sobre smart cities tanto no Brasil quanto no exterior. Esteve no Smart City World, em Barcelona, Espanha, onde também participou do evento “Cidades Inteligentes: Uma Visão Atualizada”, que contou com a participação de Josep Piqué, Jaime Font Furest e Marcos Gómez Jimenez.
Vale destacar que Thomas Law palestrou na Smart City Expo Curitiba, maior feira do tipo em no Brasil, que reuniu 10 mil pessoas de 30 nacionalidades na capital paranaense.