Em vários locais do mundo há uma revolução ocorrendo por conta das smart cities (cidades inteligentes). São projetos de inovação que utilizam, por exemplo, inteligência artificial, análise de big data, internet das coisas (IoT) e conectividade para otimizar processos e facilitar a vida dos cidadãos.

Buscando trazer mais esse tipo de solução para impulsionar a revitalização do Centro de São Paulo, o Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina) realizou nesta quinta-feira (4), o Smart City Session by Ibrachina. O evento de inovação tem a chancela internacional do iCities Smart Cities Solutions – hub de negócios e soluções em cidades inteligentes, que representa a Fira Barcelona no Brasil.

Durante o encontro nas dependências do Ibra Work, um novo hub de inovação, diferentes especialistas nacionais e internacionais apresentaram exemplos concretos das mudanças que experimentam metrópoles como Barcelona (Espanha), San Francisco e Detroit (Estados Unidos), que são cases de sucesso de smart cities. Realizado em formato híbrido, contou com participantes em São Paulo e com links ao vivo desde Brasília, Orlando e Barcelona.

Thomas Law, presidente do Ibrachina, abriu o evento destacando que “em todo o mundo, a tecnologia está avançando rapidamente e trazendo mudanças radicais no estilo de vida das pessoas. Precisamos buscar para São Paulo e o Brasil como um todo para usar essas soluções para melhorar nossa  mobilidade urbana, educação, conectividade e outros aspectos da vida cotidiana”.

Falando por videoconferência desde Brasília, o deputado federal Marcelo Ramos (PL/AM) explicou que o Congresso Nacional já trabalha algumas dessas questões, mas que é preciso acelerar as mudanças, pelo bem da população. “Cidades inteligentes são cidades eficientes, pois as cidades gastam menos nos serviços públicos e podem cuidar melhor dos seus munícipes”, asseverou. “Quero parabenizar o Thomas Law pela iniciativa inovadora, pensando em coisas boas para o Brasil”, concluiu o parlamentar.

O próximo a falar foi Beto Marcelino, manager do Smart City Expo Curitiba e  relator integrante da construção da Carta Brasileira Brasileira de Cidades Inteligentes do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) e convidado do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) no programa Cidades 4.0, para o desenvolvimento da Política Nacional de Cidades Inteligentes.

Na sequência, ocorreu uma sessão com Janaína Pasqual, consultora e pesquisadora da PUC-PR e University of Central Florida, e Myriam Tschiptschin, gerente de Smart Cities no Centro de Tecnologia de Edificações (CTE). Elas abordaram diferentes aspectos práticos de mudanças no cenário urbano de diferentes cidades desde que elas abraçaram o desafio de se tornarem cidades inteligentes. Também houve um momento para responderem a perguntas dos participantes.

O professor Armando Rovai, especialista em Direito, Cultura e Cidadania, e Edson Vismona, advogado, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – ETCO, realizaram o painel “Ética e Cidadania”. Eles trabalharam perspectivas legais das smart cities, em especial a necessidade de legislação de incentivo e desburocratização para que se abra espaço para a inovação.

A sessão final ficou a cargo de Josep Piqué. Doutor em Ecossistemas de Inovação, ele é presidente da XPCAT (Rede de Parques Científicos e Tecnológicos da Catalunha) e vice‐presidente da APTE (Associação de Parques Científicos e Tecnológicos da Espanha). Ele relatou sua experiência no campo da administração pública, como CEO do Distrito de Inovação 22@Barcelona.

Após sua palestra, Piqué e Thomas Law fizeram uma avaliação das possibilidades de trazer algumas dessas soluções para São Paulo e gerar um link para uma troca de experiências. Entre 15 e 19 de novembro, o Ibrachina levará para Barcelona uma comitiva para a Smart City Expo World Congress, maior evento mundial em cidades inteligentes, que reúne mais de 25 mil participantes de 150 países.

 

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