Brasil, China, África do Sul, Argélia, Bolívia, Cazaquistão, Colômbia, Egito, Indonésia, México, Quênia, Turquia e Zâmbia anunciaram, em comunicado conjunto a intenção da criação do “Grupo Amigos da Paz”, um conjunto de países do Sul Global que pretende estabelecer entendimentos comuns para apoiar os esforços globais para alcançar a paz.
A iniciativa, encabeçada por Brasil e China, ocorre em paralelo ao Debate Geral da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, nos Estados Unidos, em setembro.
O encontro foi copresidido pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Mauro Vieira, o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, embaixador Celso Amorim, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. Participaram ainda 16 chanceleres ou representantes de alto nível de países do Sul Global.
Ucrânia
No comunicado conjunto, os 13 países que assinaram o acordo manifestaram preocupação com o conflito na Ucrânia e com os riscos de escalada do confronto. Reiteraram os termos da Carta das Nações Unidas, especialmente o respeito à soberania e à integridade territorial dos Estados.
“Pedimos a observação dos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, respeitando a soberania e a integridade territorial dos Estados, respeitando as legítimas preocupações dos Estados e levando em consideração a necessidade de sustentar os princípios de paz, segurança e prosperidade”, diz o texto.
O grupo de países ainda enfatizou a importância de soluções pacíficas para o conflito e encontradas por meio da diplomacia. “Chamamos as partes do conflito a observar princípios para uma desescalada e destacamos a importância de não expandir o campo de batalha e não intensificar os combates”, diz o texto.
O Grupo pediu a abstenção da ameaça do uso de armas nucleares e solicitaram o aumento da assistência humanitária e da proteção de civis, de infraestruturas civis, incluindo instalações nucleares pacíficas e outras instalações de energia. O documento defende ainda os esforços de mediação para a troca de prisioneiros de guerra entre as partes em conflito.
No comunicado conjunto, enfatizaram “a importância de soluções pacíficas para todos os conflitos internacionais, enquanto continuamos a promover o espírito de solidariedade e parceria entre as nações” e “Decidimos orientar nossos Representantes Permanentes junto às Nações Unidas a formar um grupo de “amigos pela paz” com o objetivo de fomentar entendimentos comuns para apoiar os esforços globais para alcançar uma paz duradoura.”
Com informações de EBC