O Dia Mundial do Urbanismo é comemorado desde 1949, e celebrado anualmente em 8 de novembro.
Um bom exemplo de planejamento urbanístico na China é uma cidade que está sendo construída do zero. Trata-se de Xiong’an, chamada de “cidade do futuro”.
Projetada para ser um modelo de inovação e sustentabilidade, a 100 km de Beijing, Xiong’an surgiu como solução para reduzir a pressão populacional da capital, planejada para oferecer uma nova maneira de viver e se conectar com o meio ambiente.
Iniciada em 2017, a construção de Xiong’an envolve mais de 200 equipes e milhares de especialistas. Ela não é apenas moderna, mas também ecológica: com milhões de árvores plantadas, um sistema avançado de tratamento de resíduos e uma infraestrutura urbana totalmente integrada à tecnologia, garantindo uma vida mais sustentável e conectada para seus futuros moradores.
Mas o desafio vai além de levantar prédios. Xiong’an está em uma área pantanosa e precisa enfrentar questões ambientais, como o risco de inundações. O projeto busca, assim, conciliar o urbanismo com a gestão inteligente do ambiente.
Para alguns urbanistas, esse projeto, guardadas as proporções, pode ser comparado com a construção de Brasília. A capital brasileira foi erguida entre 1957 e 1960, durante o governo de Juscelino Kubitschek. Ela é reconhecida pela sua história de construção singular, com a cidade erguida em apenas mil dias.
A cidade foi planejada a partir de conceitos urbanísticos que permanecem sendo referência internacional. Foi inscrita na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO em 1987, sendo o primeiro conjunto urbano do século XX a receber essa distinção. De fato, tem a maior área tombada do mundo, com 112,25 km², conhecida como um marco da arquitetura e urbanismo modernos.