Sabidamente, a bicicleta traz diversos benefícios para a sociedade. Além de ser um meio de transporte sustentável e acessível para diversas pessoas, é uma grande aliada da mobilidade urbana.
A ONU estabeleceu 3 de junho como Dia Mundial da Bicicleta. Esse meio de transporte sempre foi popular entre os chineses, em especial entre as décadas de 1970 e 1990. Contudo, com a rápida industrialização, muitos cidadãos passaram a adotar motocicletas e carros.
Atualmente, os sistemas de compartilhamento de bicicletas são muito usados na China e o amplo sistema de ciclovias facilita sua utilização. Quem visita metrópoles como Pequim e Xangai, ou mesmo cidades de menor porte, verá que elas estão em toda parte. Um estudo, elaborado pelo sistema de navegação AutoNavi em cooperação com o Ministério dos Transportes e a Universidade Tshinghua, apontou que as bicicletas compartilhadas mudaram os hábitos de deslocamento dos chineses, o que levou à redução no consumo de combustíveis.
Integrado aos modais de transporte público, o sistema de compartilhamento de bicicletas é uma alternativa para retirar veículos das ruas e reduzir a poluição nas cidades. As bicicletas compartilhadas são destravadas por meio de aplicativo no celular, usando-se um QR Code. O aluguel custa, em média, RMB 1,50 (R$ 1) por meia hora. Quando o ciclista termina o trajeto, estaciona a bicicleta e uma trava. Todo o pagamento é eletrônico, pelas carteiras eletrônicas do WeChat, AliPay ou Apple Pay.
As bicicletas amarelas, do aplicativo Ofo, dominaram o mercado por algum tempo. Yu Xin, um dos cofundadores da empresa, conta que no começaram o serviço com mil bicicletas era usado apenas dentro das universidades da capital chinesa. Hoje em dia, o serviço está disponível apenas em poucos lugares.
Um dos aplicativos mais populares do setor hoje em dia é o Meituan, com suas bicicletas laranja. A gigante do comércio eletrônico Meituan-Dianping comprou a empresa Mobije e renomeou o serviço para Meituan Bike.
A Didi Chuxing é a principal fornecedora de serviços de compartilhamento de viagens da China. Dona do serviço 99 no Brasil, ela investiu pesado em um sistema amplo de compartilhamento de bicicletas. A Didi Bike comprou as operações do Bluegogo e trocou o nome do serviço.
O aplicativo Hellobike, apoiado pelo Alibaba, começou a operar em 2016 nas cidades menores da China antes de se concentrar em mercados maiores. De acordo com seu site oficial, a Hellobike possui atualmente 300 milhões de usuários registrados. Suas bicicletas brancas possuem a opção de passe por 30 dias, que custa RMB 25 (R$ 18).
Além deles, existem outras empresas que oferecem o serviço, como Qingju Bike, Youon, Xiaoming e U-Bicycle. Nos últimos anos, a maior dessas empresas têm investido em bicicletas elétricas, numa operação muito parecido, contudo sua popularidade é bem menor, principalmente por causa de leis locais, uma vez que elas não diminuem o tráfego intenso que é comum no país.