COSBAN é a sigla para Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação. Este mecanismo de cooperação desempenha um papel fundamental na consolidação da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
A Comissão foi criada no âmbito da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em maio de 2004. O comunicado foi co-assinado em Beijing pelo presidente chinês, Hu Jintao, no Grande Palácio do Povo, sede do governo chinês.
A proposta é que a Comissão Sino-Brasileira realiza contatos regulares entre altos representantes dos dois países, as Sessões Plenárias. Os encontros acontecem a cada dois anos, ou com menor periodicidade, se necessário. O objetivo é incentivar o relacionamento bilateral, promovendo o diálogo aberto sobre temas de interesse mútuo, facilitando a comunicação entre os governo. Também mapeia áreas de interesse e promove a implementação de projetos conjuntos em diversos setores. Antes de sua formalização já havia seis mecanismos de comunicação e cooperação existentes nas relações Brasil-China, que foram absorvidos pela COSBAN.
A 1ª Reunião da COSBAN, ocorreu em 24 de março de 2006, em Beijing. Pelo lado chinês, estava delegando a vice-primeira-ministra Wu Yi e pela representação brasileira, estava o vice-presidente, José de Alencar. Ambas as partes concordaram cooperar em âmbito político, econômico, comercial, científico e tecnológico, espacial, agrícola e cultural educacional.
Em 26 de fevereiro, Thomas Law, presidente do Ibrachina, reuniu-se com o vice-presidente Geraldo Alckmin, atual responsável pela co-presidência brasileira da COSBAN.
Subcomissões
Ao longo de seus 20 anos de existência, a COSBAN se consolidou como um pilar fundamental da relação entre Brasil e China. Para dinamizar seu funcionamento foram criadas subcomissões. Suas atribuições são: promover e implementar os documentos estabelecidos entre Brasil e China; executar as solicitações advindas da Comissão; além de analisar e identificar possíveis novos campos e modalidades de cooperação.
Atualmente, a COSBAN conta com 12 subcomissões temáticas, especializadas em diferentes áreas e com objetivos definidos:
Política: Fortalecimento da relação bilateral em âmbitos políticos e estratégicos.
Econômico-Comercial e de Cooperação: Impulsionamento do comércio bilateral, investimentos e cooperação em áreas estratégicas.
Econômico-Financeira: Discussão de temas como macroeconomia, finanças internacionais e desenvolvimento.
Indústria, Tecnologia da Informação e Comunicação: Cooperação em áreas como indústria aeroespacial, eletrônica, telecomunicações e internet.
Agricultura: Promoção do comércio de produtos agrícolas, cooperação em pesquisa e desenvolvimento e segurança alimentar.
Temas Sanitários e Fitossanitários: Facilitação do comércio de produtos agrícolas e animais, assegurando a qualidade e segurança alimentar.
Energia e Mineração: Cooperação em áreas como energia renovável, petróleo e gás, mineração e desenvolvimento sustentável.
Ciência, Tecnologia e Inovação: Promoção da cooperação científica e tecnológica em áreas de interesse mútuo.
Espacial: Cooperação em pesquisa espacial, desenvolvimento de satélites e aplicações espaciais.
Cultura e Turismo: Promoção do intercâmbio cultural e do turismo entre os dois países.
Meio Ambiente: Cooperação em áreas como mudança climática, proteção ambiental e desenvolvimento sustentável.