Foto de capa: Ueslei Marcelino

Em duas semanas, a população de brasileiros com anticorpos contra o novo coronavírus em 83 cidades aumentou de 1,7% para 2,6%. Os dados são do Epicovid19-BR, estudo da Universidade Federal de Pelotas que busca estimar o tamanho do contágio no Brasil. De acordo com os pesquisadores, o crescimento mostra que o contato com o vírus no Brasil segue acelerando, e é ainda mais rápido em algumas cidades, como o Rio de Janeiro. O aumento de 53% entre as duas fases da pesquisa é inédito em estudos similares. Por exemplo, na Espanha, a elevação foi de apenas 4% no mesmo intervalo. Em cada uma dessas cidades, foram entrevistadas e testadas mais de 200 pessoas nas duas fases, a primeira de 14 a 21 de maio e a segunda de 4 a 7 de junho.

O Brasil faz tão poucos testes para diagnosticar a COVID-19 que o número de casos confirmados muitas vezes é secundário para cientistas que analisam a evolução da pandemia no país. Especialistas afirmam que é mais seguro considerar outros índices, como o de óbitos e o de ocupação de leitos de UTI, para compreender se é momento de retomar os serviços essenciais ou de decretar lockdown, por exemplo.

Um dos indicativos da baixa testagem é a taxa de resultados positivos para Sars-CoV-2 nos exames que detectam vírus respiratórios. De acordo com a OMS, o ideal é que, de todos os testes feitos, 5% ou menos deem positivo. No Brasil, a média diária está muito acima disso: é de 36%, segundo a plataforma Our World In Data, usada nas estatísticas da Universidade Johns Hopkins.

Foto: Agencia Brasil

O presidente Jair Bolsonaro reconheceu, em live transmitida pelo Facebook, que pode ter sido infectado pelo novo coronavírus depois de viajar aos Estados Unidos com uma comitiva em que mais de 20 pessoas testaram positivo para a COVID-19. No mês passado, o presidente enviou ao Supremo Tribunal Federal os resultados negativos de exames para a detecção da COVID-19. Ele não falou em vídeo se foi submetido a outros testes ou se sentiu os sintomas da infecção.

Hubei, a província chinesa mais atingida pela COVID-19, reduzirá sua resposta de emergência à doença do nível II para III a partir deste sábado. A resposta à pandemia cairá para o segundo nível mais alto e Hubei se tornará, assim, a última província chinesa a reduzir seu nível de emergência. A região teve 67.800 casos confirmados do vírus, com mais de 3 mil mortes. Na quinta-feira, completou 27 dias sem registrar novos casos de infecção.

Foto: iStock

Depois dos EUA, a Europa decidiu barrar brasileiros e pessoas de outros países em que a pandemia está fora de controle. A União Europeia começou a elaborar a lista de países que terão acesso ao bloco quando as fronteiras reabrirem a viajantes fora da zona Schengen, a partir deste mês. 

Entre os parâmetros para permitir a entrada de turistas estão o número de novas infecções e o controle da epidemia. Como a situação da saúde em certos países terceiros permanece crítica, a Comissão não propõe um levantamento geral da restrição de viagens nesta fase. A restrição deve ser levantada para os países selecionados com base em um conjunto de princípios e critérios objetivos”, informa o comunicado da União Europeia.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 30 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 144 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, que chegou aos 802 mil casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 3º lugar no ranking mundial, com mais de 41 mil.

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Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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