Foto de capa: Izusek/Getty

O governo de São Paulo anunciou no início da tarde desta quarta-feira (24/06) a retomada das aulas presenciais a partir do dia 08/09. O plano prevê um retorno geral em conjunto para todas as cidades e considera que na data estimada o estado estará na fase amarela de flexibilização da economia há 28 dias. De acordo com o secretário estadual de Educação, as orientações são válidas para todo o sistema educacional, desde a educação infantil até o ensino superior, do sistema público e particular. 

A proposta prevê rodízio de estudantes e uma combinação de aulas presenciais com manutenção do ensino à distância. O governo se comprometeu a fornecer equipamento de proteção individual a todos os funcionários dos estabelecimentos. Medidas deverão ser aplicadas, como a medição de temperatura de todos os alunos na entrada da instituição, distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes, revezamento de horários de recreio, entradas e saídas, além dos protocolos de higienização e do uso obrigatório de máscaras. As escolas só poderão ser reabertas quando as cidades do estado estiverem na fase amarela do plano de flexibilização da economia definido pelo estado há mais de 28 dias.

Foto: Peng Ziyang/Xinhua

Um laboratório inflável móvel para testes da COVID-19 foi oficialmente colocado em operação em um centro esportivo no distrito de Daxing, em Beijing. Fornecido pela BGI Genomics, uma empresa chinesa de biotecnologia, cada laboratório pode realizar cerca de 30 mil testes por dia. Nomeada como “Huoyan” (“Olho de Fogo”, em tradução literal para o português) a estrutura consiste em nove cápsulas infláveis: três funcionam como áreas de coleta de amostras, enquanto as outras seis equipam 14 máquinas de testes automáticas.

A capacidade diária da China de testagem para a COVID-19 chega a quase 4 milhões. O volume representa um aumento de 200% em relação a março, informou Guo Yanhong, uma funcionária da Comissão Nacional de Saúde. Até a segunda-feira, as instituições médicas chinesas já haviam realizado mais de 90 milhões de testes de ácido nucleico para a COVID-19.

O Produto Interno Bruto brasileiro vai ser duramente afetado pelos impactos provocados pela pandemia de coronavírus e deve recuar 9,1% neste ano, segundo a nova projeção do Fundo Monetário Internacional – FMI divulgada hoje. Se confirmada a previsão do Fundo, o tombo da economia brasileira deverá ser o maior em 120 anos, pelo menos. Em abril, o FMI estimava uma recessão de 5,3%. A estimativa também é mais pessimista que a de boa parte dos analistas brasileiros. No relatório Focus, do Banco Central, a projeção mais recente aponta para uma queda do PIB de 6,5%.

O governo australiano pediu ajuda logística ao exército após a aparição de um foco epidêmico de COVID-19 em Melbourne, a segunda cidade mais populosa da ilha continental. O estado de Victoria registrou pelo menos dez casos diários há mais de uma semana, concentrados principalmente em Melbourne.

Trata-se de um aumento significativo em um país onde a pandemia parecia controlada. O ministro da saúde, Greg Hunt, afirmou que o governo pediu a ajuda logística do exército e que quatro estados se ofereceram para colaborar no rastreamento dos contatos dos infectados.

Psicólogos e psiquiatras acreditam que, ainda que os dados sobre a pandemia continuem alarmando, as pequenas escapadas da quarentena se tornarão cada vez mais comuns. Nem mesmo os defensores do isolamento social estarão livres do comportamento. Os especialistas afirmam que a explicação é científica: acontece porque os mecanismos de alerta do corpo humano, principalmente os cerebrais (com atuação da amígdala e hipocampo), que entram em ação ante um perigo, como a possibilidade de infecção por um vírus, entram em colapso depois de um tempo. É o que alguns especialistas chamam de “fadiga da quarentena” ou falência adaptativa. 

“Nosso sistema faz esforços para nos adaptar a situações novas e indesejadas, de privação. Mas, quando somos obrigados a fazer isso por muito tempo, esse mecanismo entra em falência e não conseguimos mais racionalizar”, explica Ricardo Sebastiani, especialista em psicologia clínica e saúde pública.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 40 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 165 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 1,1 milhão casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com mais de 52 mil óbitos.

FAKE NEWS

Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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