Um novo estudo com pessoas que tiveram COVID-19 e se recuperaram levanta a probabilidade de que a imunidade ao coronavírus tenha curta duração. Cientistas do King’s College em Londres estudaram como o corpo naturalmente combate o vírus por meio da produção de anticorpos, e o quanto esses anticorpos duram nas semanas e meses depois da recuperação.
Quase todas as 96 pessoas analisadas no estudo apresentaram anticorpos que poderiam neutralizar e parar o coronavírus. Mas os níveis começaram a diminuir três meses após a pesquisa.
A possibilidade de que a proteção contra COVID-19 para quem já pegou a doença dure pouco tempo coloca em xeque teses que indicam que regiões que foram muito afetadas pelo coronavírus e agora registram queda nos casos – como Europa, EUA e cidades como São Paulo e Manaus, no Brasil – estejam permanentemente protegidas.
Com previsão da chegada ao pico de contágio do novo coronavírus na próxima quarta-feira (15/07), Minas Gerais ainda precisa lidar com o desafio de escassez de medicamentos para intubação de pacientes com Covid-19 em estado grave e de insumos para testagem.
A previsão foi estimada pela Secretaria de Estado de Saúde desde junho. Na última semana, o estado ficou de fora da distribuição de remédios como anestésicos e bloqueadores neuromusculares, utilizados em UTIs, e ainda não recebeu os 500 mil testes PCR prometidos pelo Ministério da Saúde.
Uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina (APM) com quase dois mil médicos de todo país aponta que os profissionais que atendem pacientes com COVID-19 estão suscetíveis a sintomas da síndrome do esgotamento profissional – ansiedade (69,2%), estresse (63,5%), exaustão física/emocional (49%) e sensação de sobrecarga (50,2%).
E o que dificulta ainda mais esse tratamento é a falta de uma infraestrutura adequada. 59% se queixaram da estrutura física/ insumos e segurança no qual tem trabalhado. Na pesquisa, esses profissionais da saúde informaram que falta aventais, óculos, luvas, álcool em gel e muitos outros insumos. E o que preocupa a categoria ainda é a falta de leitos para pacientes que precisam de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Atualmente não há nenhuma evidência adequada da transmissão da COVID-19 de mulheres grávidas infectadas com o vírus para seus fetos, segundo uma especialista médica chinesa. A severidade da enfermidade de pacientes grávidas infectadas com a COVID é semelhante a de outros pacientes, e não existe a probabilidade maior de a doença se desenvolver para casos sérios em mulheres grávidas. A declaração foi feita por Zhao Yangyu, chefe do departamento de obstetrícia do Terceiro Hospital da Universidade de Pequim.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu uma nota em que reforça que o medicamento antiparasitário ivermectina tem apenas indicação para uso conforme o que consta na bula — o que inclui o tratamento de sarnas e piolhos — e não para pacientes com COVID-19 ou como prevenção contra o coronavírus.
Segundo a agência, responsável pela liberação e regulamentação de remédios no país, “não existem medicamentos aprovados para prevenção ou tratamento da COVID-19 no Brasil”. Qualquer uso da ivermectina fora das indicações previstas na bula devem ser feitos sob escolha e responsabilidade do médico que prescrever.
Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: