Desde o final de maio, a região Sul do Brasil, que até então era referência no controle da epidemia de coronavírus, apresenta aumento exponencial no número de casos e óbitos por COVID-19. Após queda da velocidade de contágio e das mortes no Norte e Sudeste, o Sul já pode ser considerado o novo epicentro da doença no país. O número de infectados no Sul do país aumentou 313% nesta terça-feira, 14/07, em relação ao dia 14/06.
Em coletiva de imprensa, o diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Marques Macário, disse estar preocupado com o avanço do vírus na região. “Não há uma única explicação para este fato. Trata-se da combinação de fatores que incluem: sazonalidade do vírus, comportamento da população e adoção de medidas de distanciamento ou flexibilização”.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas, informou que o Brasil não alcançou a chamada imunidade rebanho contra o coronavírus. Questionado sobre a região de Manaus, Amazonas, uma das mais afetadas em todo o país, o diretor para doenças infecciosas da Opas, Marcos Espinal, comentou um estudo que apontou que a capital tinha 14% de anticorpos na população.
A imunidade de rebanho é um termo utilizado para descrever uma população que, ao atingir um número alto de pessoas resistentes a um vírus (por já terem sido infectadas ou vacinadas), cria um ambiente em que o vírus não consegue encontrar pessoas suscetíveis a serem infectadas.
O representante do Fundo das Nações Unidas para a População na China saudou o país por combater o surto de COVID-19, trabalhar com a comunidade global e compartilhar sua experiência. “A China fez grandes esforços para conter o surto de COVID-19 e está atenta ao seu ressurgimento”, disse Babatunde Ahonsi, representante do UNFPA na China, em uma entrevista coletiva realizada em Beijing. O UNFPA prestou assistência ao governo da China na luta contra a epidemia na Província de Hubei, incluindo a oferta de fraldas e absorventes, para garantir a dignidade das mulheres e das trabalhadoras da saúde.
A cidade de Tóquio registrou um aumento significante de casos de infecção pelo novo coronavírus e está em alerta máximo, anunciou hoje a governadora da capital japonesa, Yuriko Koike.
“Os especialistas acabam de afirmar que a situação das infecções está em um nível 4 em uma escala de 4, o que significa que parecem aumentar”, afirmou Koike durante uma reunião sobre a pandemia.
O alerta “vermelho” na cidade, onde vivem 14 milhões de pessoas, não provocará o fechamento de lojas ou a suspensão de eventos, no momento. Na região metropolitana, o número de habitantes chega a 37 milhões.
A economia da China pode ter voltado a crescer no segundo trimestre. Uma série de indicadores que saem na quinta-feira devem confirmar a tendência de expansão enquanto o país lentamente se recupera da crise causada pelo vírus. A previsão é que o PIB tenha crescido 2,4% nos três meses até junho. O resultado reverteria a queda histórica de 6,8% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado.
A retomada constante do crescimento da economia chinesa será um sinal para o mundo, ainda mergulhado na pandemia, de que o vírus tem como ser controlado e que a produção pode se recuperar.
Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: