Foto de capa: Amanda Perobelli/Reuters

A Fiocruz anunciou um entendimento com o laboratório AstraZeneca para produzir, a partir de dezembro, milhões de doses da vacina contra o coronavírus, desenvolvida pela Universidade de Oxford. O acordo assinado entre a Fundação Oswaldo Cruz, o Ministério da Saúde e o laboratório britânico AstraZeneca, é um passo fundamental para garantir a transferência de tecnologia, e assegura que 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 sejam produzidas no Brasil.

Foto: Tai's capture / Unsplash

Cinco meses após confirmar o primeiro caso de um infectado pelo novo coronavírus, o Brasil tem 98% dos municípios com registros da doença. O número de cidades ainda sem casos diminui dia após dia. Dados do Ministério da Saúde apontam ao menos 5.442 cidades com casos confirmados de Covid-19. Em contrapartida, apenas 128 ainda não tinham registros até 30 de julho. Três meses antes, o total de cidades com ao menos um caso de Covid-19 era de 2.072. Em maio, o número passou a 4.074, ou 73%, e, no fim de junho, para 5.096, ou 91%. Agora, já se aproxima quase de 100%.

A Organização Mundial da Saúde alertou que a pandemia do novo coronavírus será provavelmente “muito longa”. Seis meses depois de declarar a emergência internacional, o comitê de emergência da OMS destacou que “continua avaliando como muito elevado o nível de perigo global [provocado] pela covid-19”. A nota da entidade também reforçou “o perigo de que a resposta diminua em um contexto de pressões socioeconômicas”. Está previsto que o comitê volte a se reunir em três meses.

No campo científico, o nome de Shi Zheng-Li é referência. A cientista do Instituto de Virologia em Wuhan, na China, recebeu um telefonema na véspera da virada do ano de 2019, que mudou o inicio dessa década. Logo depois que testes de um paciente misterioso foram reportados, seu chefe no Centro de Controle de Doenças e Prevenção ligou. Os exames detectaram um novo coronavírus em dois pacientes com pneumonias atípicas. 

Shi é uma virologista especializada em morcegos, tanto que, na China, tem um apelido de “Batwoman”. Seus estudos apontavam para regiões sudestes e subtropicais como as zonas de risco de contaminação de coronavírus, não a região central. Foi Shi e sua equipe que identificaram o novo vírus e alto risco de contágio, em 2004.

Foto: Antonio Scorza

Pesquisadores, professores e pessoas dedicadas à divulgação científica apontam que a atual pandemia está explicitando desafios para a compreensão do público do que é a ciência e o seu “tempo” e, também, para que os especialistas se comuniquem bem para além de seus muros. E, claro, nesse meio do caminho está a mídia, que também passa por suas críticas e desafios.

A atual pandemia de coronavírus é uma oportunidade em “tempo real” para que estes pontos sejam melhorados, um esforço, porém, que não é de hoje e nem deve se limitar ao momento crítico pelo qual o mundo passa.

ACOMPANHE O STATUS DO CORONAVÍRUS EM TEMPO REAL

O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 45 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 167 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 1,1 milhão casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com mais de 53 mil óbitos.

FAKE NEWS

Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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