Foto de capa: Andre Coelho

Pelo menos dois hospitais do Rio de Janeiro trataram crianças com a recém-descrita Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica causada pelo coronavírus. Trata-se de uma reação inflamatória grave que só acomete crianças e está associada a uma resposta tardia ao Sars-CoV-2. Até agora, foram descritos pouco mais de 200 casos no mundo. A OMS e o CDC já emitiram alertas sobre esses episódios.

No Brasil, ainda não há números oficiais sobre a doença. Somente na UTI Pediátrica do Hospital Pedro Ernesto, no Rio, referência para o tratamento da covid-19, já foram atendidas oito crianças. Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia. Entre os sintomas mais frequentes, febre, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão na sola dos pés e na palma das mãos.

Crianças com idades abaixo de cinco anos têm entre 10 a 100 vezes mais material genético do novo coronavírus em seus narizes em comparação a crianças mais velhas ou adultos, diz um estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics. Segundo os autores, isso significa que crianças mais novas são importantes vetores da covid-19 nas comunidades, algo que faz sentido no cenário observado desde o início da pandemia.

O estudo vem à tona em um momento em que o governo americano insiste fortemente no retorno às aulas e creches no país, como um elemento que ajudaria na recuperação econômica.

Foto: Fabrice Cofrinni

O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan, declarou hoje que a situação do Brasil na pandemia de Covid-19 continua a ser “muito preocupante”. O diretor de emergências declarou que a única forma de resolver o problema, no Brasil e em outros países que estão em condições semelhantes, é suprimir a transmissão comunitária, com união das esferas de governo e das comunidades locais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, no Brasil ou em outros lugares, a situação pode ser revertida. 

Foto: Wu Hong/ EPA

Na China, o Festival da Cerveja de Qingdao, o maior evento do gênero do país começou na última sexta. A maioria dos visitantes não usam máscaras no imenso espaço ao ar livre, onde passeiam e brindam alegremente sentados em mesas compridas. 

A China conteve a pandemia do novo coronavírus em seu território graças ao uso de máscaras, confinamento e rastreamento de contatos. Desde meados de maio, nenhuma morte foi oficialmente contabilizada no país. Uma situação que os participantes do festival internacional da cerveja de Qingdao consideram tranquilizadora.

Foto: Alexander Avilov

A Rússia anunciou que está planejando realizar a vacinação em massa contra a covid-19 em outubro de 2020. O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, disse à agência de notícias Interfax, que o Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, concluiu os ensaios clínicos e a documentação está sendo preparada para registrar a vacina e assim será possível começar a campanha em outubro. Médicos e professores seriam os primeiros a serem vacinados.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 25 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 167 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 1,1 milhão casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com mais de 53 mil óbitos.

FAKE NEWS

Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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