Foto de capa: CNN Brasil

Aulas presenciais começam a voltar no Brasil, mas não sem polêmica e temores. Parte do meio educacional defende que é preciso recuperar os prejuízos do período de isolamento social. O retorno, porém, encontra resistência de pais e professores – especialmente da rede pública –, que preferem aguardar uma vacina para a COVID-19. De qualquer forma, especialistas reforçam que as escolas devem seguir rigorosos processos de prevenção e ainda manter um sistema que misture aulas virtuais e presenciais.

Manaus é a capital mais adiantada no processo de reabertura das escolas. A rede pública estadual da capital do Amazonas – que envolve cerca de 110 mil alunos – voltou ontem às aulas presenciais. Foi a primeira no país. Porém, a volta será escalonada, e neste primeiro momento é restrita aos alunos do ensino médio. O plano é que o ensino fundamental retorne em 24 de agosto. Os colégios particulares da cidade já estão abertos desde julho, enquanto não há previsão de regime presencial nas escolas estaduais no interior.

A decisão do governo do Amazonas não foi unânime, especialmente entre professores. Grupos se manifestam desde a semana passada contra o retorno das aulas presenciais. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) entrou com processo na Justiça para barrar o retorno. No entanto, a juíza responsável rejeitou a requisição, argumentando que o governo comprovou que vai garantir a segurança de alunos, professores e funcionários.

Foto: Unifesp/Divulgação

Os preparativos para a testagem, produção e distribuição de uma vacina eficaz colocam hoje o Brasil em uma situação relativamente segura na corrida para imunizar sua população, segundo especialistas. Há no mundo oito vacinas contra a covid-19 na fase 3 de ensaios clínicos, a última etapa antes da aprovação. Dessas, duas receberam apoio direto de autoridades brasileiras e já contam com acordos que envolvem a compra e produção em território nacional: a desenvolvida pela universidade britânica de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, escolhida pelo governo federal, e a criada pela chinesa Sinovac, que tem o governo de São Paulo como parceiro.

Na quinta-feira passada (06/08), o presidente assinou uma medida provisória abrindo crédito de R$ 1,9 bilhão para adquirir a tecnologia e oferecer 100 milhões de doses para brasileiros até meados de 2021, sendo 30 milhões ainda neste ano se a vacina se mostrar eficaz, distribuídas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Foto: Marília Rastelli

A vacina chinesa CoronaVac para a Covid-19, que conta com a parceria do Instituto Butantan, em São Paulo, mostrou segurança e boa resposta imune em 600 voluntários durante a fase 2 de testes. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (10) como uma pré-impressão, ainda sem divulgação em revistas científicas e sem revisão por outros cientistas.

Os participantes eram adultos saudáveis de 18 a 59 anos e foram escolhidos aleatoriamente para receber duas doses da vacina experimental: dupla aplicação de 3 microgramas cada, ou outra de 5 microgramas. Uma parte do grupo também recebeu o placebo. Os pacientes não sabiam que tipo de vacina estavam recebendo.

De acordo com os pesquisadores chineses, a CoronaVac não apresentou “nenhuma preocupação com relação à segurança”. A maioria das reações foram leves, sendo que a mais comum foi a dor no local da injeção. Nenhuma reação adversa mais grave foi relatada durante a fase 2, que ocorreu apenas com voluntários chineses.

Foto: Eduardo Munoz

O departamento de viagem do governo norte-americano emitiu um comunicado recomendando que americanos não façam viagens ao Brasil por conta da pandemia de Covid-19. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA emitiram um aviso de saúde em viagens de nível 3 para o país latino. “Viajantes para o Brasil podem experimentar o fechamento de fronteiras, aeroportos, proibições de viagens, pedidos para ficar em casa, fechamento de negócios e outras condições de emergência dentro do país devido à pandemia”, informa o comunicado.

Os EUA é o país com o maior número de casos de Covid-19 no mundo, com mais de 5 milhões de pessoas infectadas, de acordo com o levantamento realizado pela Universidade Johns Hopkins.

No Museu Nacional da China com vista para a Praça Tiananmen (Paz Celestial), uma mostra que recebeu o título “Unidade da Força” reúne mais de 200 obras, entre pinturas, esculturas ou caligrafias que homenageiam enfermeiras e soldados no combate à pandemia do novo coronavírus. A mostra foi inaugurada no dia 1 de agosto com previsão de permanecer aberta por dois meses, mas nenhum estrangeiro pode entrar no local. Os ingressos devem ser reservados com antecedência e exigem a apresentação de um documento de identidade chinês.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 22 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 167 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 1,1 milhão casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com mais de 53 mil óbitos.

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