Foto de capa: AP

Novos anúncios sobre o perfil de segurança e indução de resposta imune de vacinas contra o novo coronavírus são animadores. Nesta semana, a empresa americana Moderna Inc. anunciou que a aplicação de duas doses de seu imunizante, desenvolvido em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH), foi capaz de induzir resposta imunológica em idosos semelhante à de pessoas mais jovens.

Os voluntários idosos não apenas produziram altos níveis de anticorpos neutralizantes da doença, mas também células T, outro componente de defesa do organismo. Outro dado essencial é que os níveis de anticorpos apresentados foram superiores aos de pessoas que contraíram a Covid-19 e se recuperaram. 

Em relação à segurança, ambas apresentaram resultados positivos. De acordo com a Moderna, não foram identificados efeitos colaterais graves. Alguns participantes relataram calafrios, fadiga, dores de cabeça e dor no local da injeção, mas a maioria desses sintomas desapareceu em apenas dois dias. 

Segundo o governador de São Paulo João Dória, é possível ter resultados dos testes fase 3 da CoronaVac no Brasil entre outubro e novembro e, em caso positivo, 45 milhões de doses da vacina estarão disponíveis no país em dezembro para início da imunização da população, mediante aprovação da Anvisa. Até março o número de doses pode se ampliar para 60 milhões e, em maio, o número chegará a 100 milhões.

Foto: Lucas Landau/Reuters

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, o Brasil receberá em outubro cinco milhões de doses da vacina chinesa. A afirmação foi feita anteontem. O planejamento é entregar 45 milhões de vacinas ao Ministério da Saúde até o fim do ano. Tudo isso depende, no entanto, da conclusão da fase de testes clínicos e de registro junto à Anvisa.

A farmacêutica americana Pfizer promete, também para outubro, a liberação do uso de sua vacina, produzida em parceria com o laboratório alemão BioNTech e a fábrica de remédios chinesa Fosun Pharma. A expectativa é tão grande que Donald Trump abordou o tema em sua campanha em busca da reeleição, na tentativa de angariar votos na corrida pela Casa Branca.

Foto: Governo do Estado de São Paulo

Após uma redução semanal nos novos registros de mortes pelo coronavírus no estado, o governo de São Paulo afirmou que considera que o pior da pandemia já passou. Especialistas reforçam, no entanto, que os dados ainda não apontam para uma queda sustentada e que, portanto, ainda não é possível afirmar que o estado saiu do platô da curva epidemiológica.

A média diária de novas mortes vem diminuindo nas últimas quatro semanas. Mas isso já aconteceu em meses anteriores, e os números voltaram a subir. Em julho, por exemplo, após três semanas caindo, a média de mortes subiu novamente. O mesmo aconteceu entre junho e julho, quando as mortes também tiveram uma queda — que não se manteve.

Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Mais de 25 milhões de casos de Covid-19 foram registrados no mundo, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins até a madrugada deste domingo (30).

Ao todo, 25.009.250 pessoas foram infectadas pelo coronavírus Sars-Cov-2, e cerca de 842.702 morreram com a Covid-19. O número oficial de casos de coronavírus ao redor do mundo agora é cinco vezes maior que o total de casos graves de influenza registrados anualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Juntos, o Brasil e os Estados Unidos são responsáveis por quatro em cada dez infecções pelo coronavírus no mundo.

Foto: Reuters

Nem as notícias do aumento de casos de infeção com SARS-CoV-2 na Europa demoveram milhares de pessoas de participar nos protestos realizados ontem nas principais cidades do velho continente. Denunciaram a pandemia como “fraude” e contestaram a imposição de restrições, incluindo o distanciamento social e o uso obrigatório de máscara.

Em Berlim, a marcha foi autorizada apenas na véspera por ordem judicial. O Tribunal Administrativo da capital alemã impôs contudo aos participantes na manifestação o cumprimento da distância de metro e meio entre si e recomendou, sem obrigação, o uso de máscaras. Cerca de 20 mil pessoas marcharam em torno da Porta de Brandeburgo sob o lema “Festa da Liberdade e da Paz”, gritando palavras de ordem como “Parem com as mentiras sobre o corona” e “Merkel tem de se demitir” – slogan do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha e uma referência à chanceler alemã, que sexta-feira apelou os cidadãos a manter a vigilância contra o novo coronavírus.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 41 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 267 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 3,5 milhões de casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com quase 113 mil óbitos.

FAKE NEWS

Diariamente, o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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