Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou que prorrogou por quatro meses a validade dos testes que detectam o novo coronavírus. Os testes, que são do Ministério da Saúde, estavam perto de expirar. São cerca de 2,8 milhões de exames que venceriam em dezembro e se encontram nesta situação. Outros 4,2 milhões de testes vencem até março, totalizando cerca de 7 milhões de testes do Ministério da Saúde, conforme informou a pasta.

A resolução com a mudança havia sido publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (7). A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (9), em uma audiência na comissão da Câmara dos Deputados sobre as ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

O Observatório Covid-19 BR, um projeto multidisciplinar de cientistas para mitigação da pandemia, analisou o plano de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde para conter a doença. A conclusão dos especialistas: “Ainda não temos um plano”. O grupo, um coletivo de 80 integrantes que inclui especialistas dos centros de pesquisa mais importantes do país, como USP, Fiocruz, UFSC e outras universidades, colheu informações disponíveis até agora sobre como o país pretende imunizar sua população contra a Covid-19, e afirma que é preocupante o estado atual de planejamento.

As maiores críticas dos pesquisadores são à falta de definição de quais vacinas serão usadas, à ausência de um cronograma e à exclusão de esferas estaduais e municipais na elaboração do plano. No contexto do SUS, iniciativas federais são executadas por agentes municipais.

Uma candidata chinesa à vacina mostrou eficácia de 86% na proteção contra a covid-19, segundo resultados preliminares de estudos clínicos em fase 3 realizados nos Emirados Árabes Unidos (EAU). O país árabe registrou a vacina, que foi desenvolvida pela China National Pharmaceuticals Group (Sinopharm), segundo comunicado da agência oficial de notícias dos EAU.

Os testes em fase 3 começaram em julho e o uso emergencial do imunizante teve início três meses depois. A análise revela que 99% dos participantes dos estudos desenvolveram anticorpos contra a doença. A possível vacina é baseada num vírus inativo, o que significa que o patógeno é enfraquecido para uso em humanos.

O Canadá autorizou hoje o uso emergencial da vacina para covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. De acordo com as companhias, será fornecido ao país um mínimo de 20 milhões de doses do imunizante durante o primeiro semestre de 2021. A vacinação no país deve começar na próxima semana.

O presidente da Pfizer no país, Cole Pinnow, afirma que a decisão da Health Canada agência reguladora é um momento histórico na luta coletiva contra a pandemia de coronavírus e um grande passo para retornar à normalidade do Canadá.

O Reino Unido começou ontem a vacinar sua população contra a covid-19, a primeira campanha desse tipo em um país ocidental, enquanto a Europa, em meio à segunda onda, já ultrapassou os 20 milhões de infecções. Outra vacina que dá muita esperança é a desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade Britânica de Oxford, a primeira cujos testes foram endossados nesta terça-feira pela revista científica The Lancet, confirmando uma eficácia média de 70%.

A Rússia começou no fim de semana a administrar sua vacina, denominada Sputnik V, ainda em fase de ensaios clínicos, e a China também fornece uma vacina experimental a um grupo reduzido da população.

ACOMPANHE O STATUS DO CORONAVÍRUS EM TEMPO REAL

O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 51 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 267 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 3,5 milhões de casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com quase 113 mil óbitos.

FAKE NEWS

Diariamente, o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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