BRASIL

Cientista brasileiro que descobriu ômicron é destaque da revista Nature

A Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo, elegeu o brasileiro Túlio de Oliveira como uma das dez personalidades científicas mais relevantes de 2021.

O pesquisador e sua equipe sequenciaram a variante ômicron do coronavírus, na Universidade de Kawa-Zulu-Natal, na África do Sul. Ele vive no país eles desde 1997 e trabalha no laboratório Krisp, que sequenciou outros vírus como o da dengue, zika, HIV e tuberculose.

Chamado pela revista de “rastreador de variantes”, Oliveira também foi responsável pela identificação de outra variante de preocupação do coronavírus, a beta. Sendo assim, das cinco variantes apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) até o momento — alfa, beta, gama, delta e ômicron —, duas foram sequenciadas pelo cientista brasileiro.

SÃO PAULO

Com avanço da vacinação, Covid-19 deixa de ser a principal causa de morte em SP

O governo de São Paulo anunciou que a Covid-19 deixou de ser a principal doença causadora de mortes no estado. Os óbitos por infecção do coronavírus já são menores do que os indicadores das doenças do aparelho circulatório e de todos os tipos de câncer somados. Os dados são fruto de análise inédita da Secretaria de Estado da Saúde e refletem os resultados do avanço do plano de vacinação entre os paulistas.

Em novembro de 2021, a Covid-19 representou 12% do total de óbitos registrados em todo estado. O coronavírus passou a provocar menos mortes que as patologias cardíacas e as neoplasias (câncer), que responderam respectivamente por 27,5% e 16,2% do total de óbitos no mês passado. Com 100% da população adulta vacinada, a expectativa é que os números continuem a cair nos próximos meses.

MUNDO

Países que vacinaram crianças tiveram bons resultados 

A aprovação do uso da vacina da Pfizer contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos, coloca o Brasil entre os primeiros países cujas agências reguladoras autorizaram a aplicação da vacina para essa faixa etária.

Especialistas na área de saúde afastam a ideia de que aplicar vacinas em meninos e meninas seja uma prática arriscada. Pelo contrário, quem vacinou crianças até aqui, colheu bons resultados.

Nos Estados Unidos, por exemplo, 5 milhões de crianças receberam pelo menos uma dose de vacina. Não foram registrados no país casos de efeitos adversos graves relacionados à imunização.

Em Israel, onde também é largamente utilizada a vacina da Pfizer, também não há registros conhecidos de efeitos severos relacionados ao imunizante

Canadá, Austrália, Itália, Alemanha, Espanha, Grécia e Hungria, que também já estão vacinando crianças, não registraram efeitos adversos além de febre em casos pontuais.

A Pfizer Brasil afirma que “Para esta faixa etária pediátrica, o imunizante demonstrou eficácia de 90,7% em estudo clínico. Os ensaios de Fase 2 foram realizados em 2,268 crianças, nos Estados Unidos, Finlândia, Polônia e Espanha, e apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos além de perfil de segurança favorável, o que nos permitiu ter a vacina para este público”. A vacina para uso em crianças apresenta dosagem e composição diferentes do imunizante utilizado para maiores de 12 anos. O esquema vacinal para uso pediátrico é de duas doses de 0,2 mL (equivalente a 10 microgramas), com esquema de pelo menos 21 dias de intervalo entre as doses.

A China, que utiliza majoritariamente o imunizante da Sinovac (chamado de Coronavac no Brasil), também está tendo sucesso na vacinação de crianças  a partir dos 3 anos de idade para controle de pandemia. Alguns países da Ásia, como Camboja, pretendem adotar a prática em breve.

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