BRASIL

Ministério da Saúde pretende declarar até junho o fim do estado de emergência em saúde pública 

Segundo o jornal O Globo, dois anos depois do início da pandemia, o Ministério da Saúde pretende declarar até junho o fim da “Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional” pública, instituído no Brasil em 2020 por conta da Covid-19.

A medida terá impacto em várias políticas públicas, como a quantidade de vacinas disponíveis. Existem pelo menos 168 portarias cujos efeitos estão atrelados ao “estado de emergência”.

Ao ser adotada, a medida passará a não tratar mais covid-19 como pandemia, mas sim endemia, indicando que há uma estabilidade no número de casos e mortes.  Ainda é preciso que essa reclassificação seja estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), algo que não é oficialmente cogitado.

SÃO PAULO

São Paulo alcança terceiro lugar em ranking mundial de vacinação

O Estado de São Paulo, se fosse uma nação, estaria em terceiro lugar entre os países que mais vacinam contra a COVID-19 no mundo, com 83,69% da população com esquema vacinal completo, em comparação a países com população igual ou superior a 40 milhões de pessoas. São Paulo está atrás apenas da Coreia do Sul (86,57%) e da China (85,48%).

Em seguida, estão Espanha (83,65%), Japão (79,64%), Itália (78,95%), França (77,7%), Alemanha (75%), Brasil (73,48%), Reino Unido (72,06%) e Estados Unidos (65,19%) – os percentuais são atualizados periodicamente pelo portal Our World In Data, da Universidade de Oxford.

Entre os elegíveis para receber as doses, ou seja, todos acima de 5 anos de idade, SP já chegou a marca de 89,56% da população imunizada com as duas doses e 99% com ao menos uma dose. Na população em geral, o estado já chegou a 92,5% da população com ao menos uma dose. O Vacinômetro registra mais de 101 milhões de doses aplicadas nos 645 municípios paulistas.

MUNDO

Um breve histórico dos dois anos da pandemia de COVID-19

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido identificada antes em seres humanos.

Uma semana depois, em 7 de janeiro de 2020, as autoridades chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus. Não há comprovação que ela se originou na China, apenas que foi descoberta naquele país.

De fato, os coronavírus estão por toda parte. Eles são a segunda principal causa de resfriado comum (após rinovírus). Ao todo, sete coronavírus humanos, sendo o mais recente o novo coronavírus (que recebeu o nome de SARS-CoV-2). Ele é o responsável por causar a doença denominada COVID-19.

Em 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto do novo coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional.  Foi a sexta vez na história que uma ESPII foi estabelecida.

Em fevereiro de 2020 a doença já era registrada em todos os continentes. O Brasil confirmou o primeiro caso em 26 de fevereiro.

Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. O termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que existem surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo.

No Brasil, a primeira morte em consequência do novo coronavírus ocorreu em São Paulo, sendo confirmada pelo governo em 17 de março de 2020.

Nesses dois anos, o SARS-CoV-2 sofreu mutações e as cepas passaram a receber nomes que as distinguiam. As variantes Alfa, Delta e Ômicron mudaram a trajetória da pandemia pela sua agressividade e alta taxa de contaminação. Beta e Gama afetaram em menor grau, não se tornando globalmente dominante.

De fato, a Ômicron já está entre os vírus humanos mais infecciosos conhecidos pela ciência. Atualmente, a subvariante BA.2 tem mostrado que ela ainda progride em áreas com taxa de vacinação menor.

China, Estados Unidos, Israel, Reino Unido e outros países europeus iniciam vacinação contra a covid-19 em dezembro de 2020. Ao todo, 7 milhões de doses foram aplicadas naquele mês.

O Brasil começou  a vacinação em 17 de janeiro de 2021. No dia em que completou dois anos da pandemia, havia 157.691.457 pessoas totalmente imunizadas, o equivalente a 73,4% da população.

Estatisticamente, entre março e abril de 2021 a média móvel de óbitos por covid-19 teve seu maior pico, com mais de 3 mil vítimas diárias. Em 17 de março do ano passado, a Fiocruz classificou a situação como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.

Ao longo do mês de janeiro de 2022, o mundo registrou mais de 20 milhões de casos de covid-19 por semana, enquanto o recorde anterior era de quase 5,7 milhões por semana, segundo a OMS. Os índices de infectados subiram e desceram várias vezes desde o início da pandemia, mas nas últimas semanas vem caindo continuamente, o que fez vários estados relaxarem as medidas sanitárias. Especialistas apontam que a cobertura vacinal somada ao grande número de casos recentes criou uma “imunidade híbrida”.

A OMS mostra que a pandemia acumula até agora, em termos globais, cerca de 450 milhões de casos conhecidos e mais de 6 milhões de mortes, além de 10 bilhões de doses de vacinas aplicadas e 4,3 bilhões de pessoas com duas doses ou dose única.

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