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O diretor de operações da Organização Mundial da Saúde, Michael Ryan, afirmou em uma coletiva que ainda não existem “evidências empíricas” de que a cloroquina funcione para lidar com a COVID-19. Mesmo com a declaração do diretor, a agência colocou o remédio em uma bateria de testes pelo mundo e aguarda os resultados oficiais.
Apesar das limitações nos resultados, alguns médicos e especialistas disseram que os dados reunidos por este estudo forneceu evidências de que a cloroquina e a hidroxicloroquina, ambas usadas no tratamento de malária, podem causar danos significativos em alguns pacientes, especificamente em casos em que há algum problema relacionado ao coração.
A cardiologista Ludhmilla Abrahão, diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia, faz parte da comissão de especialistas que se reuniu com o Presidente Jair Bolsonaro há duas semanas, para discutir sobre a eficácia da cloroquina. Ela aponta que a realidade científica não coloca a cloroquina como “salvadora”.
Segundo a médica, existe um otimismo exagerado em cima do produto e isso reflete o que a população está vivendo, com milhares de pessoas infectadas e vidas em risco. Os estudos clínicos demonstram que há uma escassez de dados e resultados contraditórios. Tal otimismo vem de um grupo de pesquisa francês, que possui apoio de diversas figuras políticas francesas, mas que ainda não tem a comprovação exata dos efeitos da cloroquina.
O Ibrachina publicou uma matéria que lista algumas das pesquisas que estão em andamento em diversos países para entender a eficácia de medicamentos e substâncias já existentes para o tratamento dos sintomas do coronavírus.
Enquanto isso, a curva de infectados segue crescendo no Brasil. Os casos dobram semana a semana e o total de pessoas com Covid-19 ultrapassa 20.000. De acordo com o novo balanço divulgado na tarde de hoje pelo Ministério da Saúde, o país tem 23.430 casos de pessoas infectadas e 1.328 óbitos em decorrência dos sintomas da doença.
O Ministério da Saúde, diante do alto número de casos confirmados e as taxas de mortalidade, sugere o endurecimento das medidas restritivas principalmente nas cidades de Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo, que estão se tornando o epicentro da doença no país. Segundo Wanderson Oliveira, secretário da Vigilância em Saúde, “são cidades que ainda não podem relaxar o isolamento social”. O secretário-executivo João Gabbardo, afirma que um iminente colapso do sistema de saúde sublinha a importância do isolamento social. “A curva está muito próxima da nossa capacidade de atendimento. Estamos próximos de atingir nosso limite, se não fizermos alguma coisa.”
Na China, o aumento de novos casos alimenta o temor de uma segunda onda da doença. No mundo, o Coronavírus já atingiu mais de 1,8 milhões de pessoas e causou cerca de 116 mil mortes. Mas o pior cenário na atualidade continua nos EUA: são mais de 558 mil casos e mais de 22 mil mortes, segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, de Washington.
Governo Federal libera nova fase do auxílio emergencial
O Governo Federal anunciou hoje a liberação do pagamento do auxílio emergencial para mulheres que são responsáveis pelo sustento da família. Ao invés dos R$ 600, que são pagos a trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) a Caixa Econômica Federal pagará a essas pessoas o valor de R$ 1.200, ou seja, uma cota dupla.
Regras para o recebimento do auxílio:
– ser maior de 18 anos de idade;
– não ter emprego formal;
– não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
– renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
– não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.
– exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
– ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
– ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
– ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
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