Durante a SIC (Semana Internacional do Café), realizada em Belo Horizonte, foi anunciado o plano dos produtores de Minas Gerais para aumentar a exportação de café para a China. Minas é o principal produtor brasileiro do grão.
A SIC, que chegou à sua décima edição, é uma das principais feiras do mundo do setor cafeeiro e a principal do Brasil. Ela conecta e gera oportunidades para toda a cadeia do café brasileiro no acesso a mercados, conhecimento e negócios.
Este ano estiveram reunidos mais de 160 expositores, muitos deles pequenos e médios produtores de café. Um dos focos desta edição da SIC foi a abertura para o café brasileiro no mercado chinês, onde a bebida principal é o chá, mas o número de cafeterias tem se multiplicado, atraindo principalmente o público mais jovem.
“A China é, para todo o agronegócio, um mercado cobiçado. Quem produz mira à China. A China produz de tudo e compra absolutamente tudo. Então, é um mercado prioritário para o agronegócio brasileiro, é nosso principal mercado. E para o café, especificamente, acreditamos que temos condições de enviar café para a China já embalado, já processado”, explicou Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional de Agricultura.
Aumento na exportação
Entre janeiro e novembro de 2023, as exportações de café brasileiro para a China aumentaram 221% de janeiro a novembro de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).
Nos primeiros 11 meses deste ano, o mercado chinês recebeu mais de 1,15 milhão de sacas/60 kg de café do Brasil, maior exportador e produtor mundial de grãos.
Segundo dados do Cecafé, no mesmo período de 2022, os embarques de café brasileiro para a China, principal parceiro comercial do Brasil desde 2009, somaram 358.810 sacas.
A China continua tendo o melhor crescimento percentual entre os 10 maiores parceiros comerciais de café do Brasil no ano, disse um comunicado do Cecafé.
Apesar disso, a China é o destino de apenas 2,6% das exportações de café do Brasil, muito longe ainda dos 16,6% enviados para os Estados Unidos,12% para a Alemanha ou 7,8% para a Itália, o que faz com que haja uma grande margem de crescimento nos envios para o país asiático.
Para Mori, um dos fatores que pode favorecer a entrada do café brasileiro na China é que em vez de exportar o grão verde exporte o café já processado, devido às características do consumidor chinês, que está se iniciando no mundo do café. “Nossa expectativa é levar o café processado para a China”.
Conforme a diretora de Relações Internacionais da CNA, “a China é um mercado no qual teríamos condições de mostrar este diferencial, embora haja várias questões, como a distância, a logística e a cultura. Sabemos que para competir na China é preciso investir em publicidade, nas redes sociais, é outra lógica”.
“A China é outro mercado, tem um grande mercado de consumidores, mas até agora os chineses conhecem mais o café colombiano ou italiano. Acredito que para garantir a competitividade e entrar em novos mercados, há que se garantir ter a mesma qualidade”, comentou Mori.
Ibrachina conhece a produção local em MG
O Ibrachina já esteve na Cooxupé, Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, com sede em Rio Paranaíba (MG).
A visita do seu presidente, Thomas Law, foi acompanhada pelos professores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Ricardo Freitas Martins da Costa, Victor Henrique Lana Pinto e Hernani Martins Junior.
O gerente da unidade, Luiz Fernando Madeira, mostrou a todos sobre como é a produção e comercialização de café, apresentando também como o trabalho cooperativo pode impulsionar o setor.
Fundada em 1937, a Cooxupé tem hoje mais de 10 mil cooperados, sendo a maioria deles pequenos produtores que vivem da agricultura familiar.
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