Foto: Ministério da Saúde da Argentina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) começou esta semana a fazer a primeira distribuição de vacinas chinesas, da Sinovac e da Sinopharm, por meio do Consórcio Covax Facility. Ao todo, serão cerca de 100 milhões de doses enviadas a países que estão com os programas de vacinação muito atrasados.
Segundo a divulgação da OMS , cerca de 60 países serão beneficiados com o envio de doses no período entre julho e setembro. O Covax Facility incluiu os imunizantes desenvolvidos na China após a chancela da agência internacional em julho. Serão 50 milhões de doses de cada laboratório. As remessas chinesas vão ajudar o programa global de compartilhamento de vacinas da Covax, que prometeu distribuir 2 bilhões de doses neste ano, mas tem enfrentado problemas de suprimento e restrições de exportação da Índia, que iria contribuir com a Covaxin.
Na América Latina, doze países foram beneficiados pela primeira leva das vacinas, incluindo Argentina, Chile, Uruguai e Venezuela. Embora o Brasil tenha requerido 3,9 milhões de doses das vacinas chinesas, ficou de fora da primeira distribuição. As vacinas da Sinovac são produzidas em São Paulo em parceira com o Instituto Butantan, com o nome de Coronavac. Os imunizantes da Sinopharm não estão presentes no programa Programa Nacional de Imunizações.
China prometeu fornecer 2 bilhões de doses de vacinas em 2021
Até agora, a China exportou cerca de 800 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 para 100 países, sendo 18 nações localizadas na América Latina. No início de agosto, o diretor-geral de Assuntos Econômicos Internacionais da Chancelaria chinesa, Wang Xiaolong, garantiu que a China forneceu ao exterior “mais do que outros países fizeram em conjunto”.
Wang destacou ainda que “A China doou vacinas a mais de 80 países, um terço dos quais deles na África”, especificando que naquele continente foram entregues 18 milhões de doses a 28 países, todas por meio de doações.
O compromisso anunciado pelo presidente chinês, Xi Jinping é fornecer 2 bilhões de doses de vacinas em 2021 e oferecer US$ 100 milhões ao fundo Covax, para promover uma vacinação global equitativa. “A meta é que a população mundial seja vacinada em 70% até setembro de 2022”, assegurou o mandatário.
