Foto: Xinhua
Amanhã, dia 01/10, a República Popular da China completa 71 anos. Sua fundação aconteceu em 1949 por Mao Zedong e, desde então, passou por grandes e constantes transformações sociais e tecnológicas que elevaram o país a potência mundial. Setenta e um anos depois, com a chegada de uma crise mundial de saúde, o governo e o povo da China mostram que união e perseverança são essenciais para enfrentar desafios e encontrar um caminho para o desenvolvimento.
Enquanto outros países tentam superar os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus, que teve início em dezembro de 2019, a economia chinesa segue em recuperação sólida. De acordo com dados do departamento de estatística do governo chinês, o crescimento das empresas ligadas à indústria chinesa foi de 19% em agosto, após alta de 19,6% em julho.
Atualmente, o gigante asiático tem o sistema industrial mais completo no mundo. Além disso, tem sido líder mundial por 10 anos consecutivos e proporciona o desenvolvimento de novas indústrias e modelos de negócios de forma acelerada. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita passou a casa dos US$ 10 mil. A China responde por 30% da expansão da economia global e tem sido seu maior motor por 13 anos seguidos.
Apesar da retração de 6,9% no primeiro trimestre deste ano causado pelo combate à COVID-19 – o primeiro retrocesso desde a morte de Mao em 1976, o governo chinês não deixou de incentivar as empresas. Enquanto outras nações pararam, as fábricas chinesas funcionaram a mil, bem como a venda de produtos para o mercado internacional. Estes e outros fatores, como o constante investimento em ciência, tecnologia e inovação, explicam a atual aceleração do desenvolvimento da China.
Entretanto, engana-se quem acredita que os chineses não sofreram os efeitos da crise sanitária mundial: até o fim deste mês, cerca de 90 mil pessoas foram contaminadas e quase 5 mil pessoas faleceram em decorrência dos sintomas da doença. O isolamento social severo no início do surto foi crucial para a rápida recuperação do país, e principalmente o uso de aplicativos de geolocalização que conseguiam com precisão saber quem teve contato com quem. Além disso, contribuiu para a superação da crise o fato de a China ter um know-how adquirido com a SARS e de ter enfrentado primeiro a Covid-19 que os demais países.
O “novo normal” chinês chegou antes e mais rápido do que estimavam os mais otimistas. Os técnicos do Fundo Monetário Internacional – FMI preveem que o PIB do país crescerá 1% – muito longe dos 6% almejados por Pequim antes da crise mas, diante do panorama, um motivo de orgulho para a gestão ante os cidadãos. “Dentro da China, as cifras reforçaram a mensagem do Governo, que diz que o modelo chinês é melhor do que qualquer outro. Portanto, devemos intensificá-lo, continuar com esse modelo dirigido pelo Estado”, afirma Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da consultoria Capital Economics.
Não é exagero dizer que a vida dos chineses mudou para melhor. “Hoje, a China tem o sistema de seguridade social com a maior cobertura do mundo. A expectativa de vida aumentou de 35 para 77 anos e mais de 800 milhões de pessoas saíram da pobreza. Diante dos desafios impostos pela pandemia, o governo tem como tarefas prioritárias assegurar o emprego e a subsistência básica. Trabalha para tirar da pobreza, ainda este ano, 5,51 milhões de habitantes que ainda vivem nesta condição, cumprindo, assim, as metas de erradicação da miséria absoluta e de construção de uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos. A abertura do país traz novas oportunidades para o mundo. A China é, agora, o maior parceiro comercial do Brasil e de mais de 120 países e regiões”, declarou o Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming.
“Atualmente, todos os países enfrentam os mesmos desafios de combater a pandemia, estabilizar a economia e assegurar a subsistência da população. Mais do que nunca, o mundo precisa de solidariedade e parceria para que todos avancem juntos. O governo chinês dará mais apoio ao esforço mundial no combate à covid-19, ampliará ainda mais a abertura ao exterior e permanecerá como a força motriz para a recuperação da economia global. Com ações concretas, a China vai assumir sua responsabilidade e trazer, com seu progresso, mais oportunidade para o mundo”, finalizou Wanming.