A primeira Escola Chinesa Internacional (ECI) a funcionar no Brasil fica no Rio de Janeiro, cidade onde mora há 24 anos a diretora, Yuan Aiping. Com mais de 40 anos de experiência, a pedagoga de Pequim fundou já no Brasil, em 2004 o Curso de Mandarim Centro Cultural China-Brasil. Segundo Yuan, hoje o Estado do Rio de Janeiro tem mais de 20 mil imigrantes chineses, e a escola surgiu para integrar o ensinamento não apenas da língua ao da cultura chinesa. 

A ECI tem da pré-escola ao 6º ano do Ensino Fundamental. A maior parte dos alunos, que recebem ensino trilíngue (português, mandarim e inglês) são filhos de imigrantes chineses nascidos no Brasil, mas qualquer criança de qualquer nacionalidade pode buscar uma vaga. 

Segundo Yuan, há a necessidade de um ensino voltado à cultura chinesa como uma forma de acolhimento e reconhecimento das origens de algumas delas, mas o ambiente é multicultural, com alunos brasileiros e professores nativos de outras nacionalidades. 

 O ensino segue o Método Montessori, desenvolvido pela médica e pedagoga Maria Montessori, dando ênfase à autonomia, à liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das atividades físicas, sociais e psicológicas da criança. Também há um cuidado com os idiomas. Os professores que ensinam em ingês são necessariamente nativos falantes da língua, assim como os professores de português são brasileiros e professores de mandarim são chineses. 

Os materiais de ensino montessoriano são importados da China, assim como outros equipamentos. As doações de empresários chineses que atuam no Brasil para que a escola fosse aberta somaram R$ 3 milhões. Vale lembrar que a China é um dos melhores países do mundo no ranking de educação básica, e o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) está entre os dez melhores. Os alunos saem preparados para cursarem universidades renomadas mundialmente, especialmente instituições chinesas.

 

 

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