Os membros da etnia russa da China vivem em Ili, Tacheng, Altay e Urumqi na Região Autônoma Uigur de Xinjiang e na Região Autônoma da Mongólia Interior.
Registros históricos mostram que eles começaram a se mudar para a China no século 18, vindos da Rússia czarista em períodos de dificuldade econômica. Novos movimentos migratórios ocorreram entre o final do século 19 e após a Revolução de outubro de 1917.
Até hoje eles falam russo e seu hábitos culturais e vestimentas são quase idênticos aos habitantes da Rússia. Em cidades como Dalia, é possível ver prédios erguidos segundo a tradição arquitetônica russa.
Estima-se que são menos de 20 mil pessoas da etnia russa vivendo na China atualmente. Embora sejam um grupo minoritário, eles têm deputados no Congresso Nacional do Povo e no Congresso Popular Regional.
Também participam ativamente da administração dos assuntos estatais e regionais.
Atualmente, a maioria dos russos vive em áreas urbanas e trabalham principalmente na indústria e no comércio.
Festivais
A maioria dos russos que vivem na China são cristãos, seguindo a Igreja Ortodoxa Oriental, que celebra missas em russo. Isso ajuda-os a preservar a língua e quase todos são bilíngues, falando também o mandarim.
As celebrações mais importantes são de origem cristã, como a Páscoa, em março, e o Natal Ortodoxo, dia 6 de janeiro. Os mais religiosos seguem a tradição da Quaresma e nos 40 dias que antecedem a Páscoa não ingerem carne nem vinho.
Além das roupas tradicionais russas, essa minoria étnica preserva o costuma das músicas tocadas na balalaica, um tipo de violão triangular.