Conhecido pelo nome de “social commerce” as vendas no comércio eletrônico que utilizam as redes sociais para divulgação e venda de produtos e serviços, estão cada vez mais populares no Brasil.
Na China, onde o sistema foi criado, é um sucesso absoluto. São mais de 765 milhões de usuários de transmissão ao vivo em junho de 2023, conforme os dados do site especializado Statista.
Existem plataformas de social commerce que integram funcionalidades como e-commerce, livestreaming, vídeos curtos, compras coletivas e pagamento online. O mais popular entre o público chinês é o WeChat, que tem mais de 1,2 bilhão de usuários ativos mensais.
Esse “super aplicativo” ainda permite aos usuários enviem mensagens, façam chamadas, acessem notícias, paguem contas e façam compras. Isso porque ele tem a função “Mini Programs“, que são aplicativos dentro do próprio WeChat. Assim, vai agregando opções aos usuários, que incluem jogos eletrônicos, compra de passagens, além de serviços de educação, saúde.
Outro destaque é o Douyin, versão chinesa do TikTok. Por lá são mais de 600 milhões de usuários ativos diários.Além de assistirem vídeos curtos, os chineses podem ver lives apresentando produtos e fazer compras diretamente dentro do aplicativo, clicando em links ou códigos QR do que estão vendo na tela.
Um modelo diferente é usado pela Pinduoduo. Essa plataforma incentiva a compra em grupo, garantindo descontos e benefícios nos produtos. O livestreaming e os vídeos curtos são usados para promoção dos produtos. São mais de 750 milhões de usuários ativos mensais, consolidando-se como a segunda maior plataforma de e-commerce da China, atrás apenas do Alibaba.
Bons resultados no Brasil
No Brasil, a estratégia do social commerce ainda é recente. Porém, seu crescimento é visível. Grandes varejistas já usaram essa técnica na Black Friday e no Natal, oferecendo preços diferenciados para quem usa o app da loja ou redes sociais como Instagram e Facebook para ver os videos e o lives (transmissões de programa ao vivo).
Segundo da NIQEbit, o Brasil tem mais de 181 milhões de usuários ativos de redes sociais. Somente no primeiro semestre de 2023, o e-commerce brasileiro teve 53 milhões de compradores, sendo um dos maiores mercados de e-commerce e de social media do mundo.
Como a população brasileira jovem é muito conectada, a tendência é fortalecer sua cultura de consumo que se baseia na confiança, na recomendação e na opinião dos outros compradores. Isso é algo fomentado pelo social commerce.