Como parte das comemorações dos 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China, o Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China se apresenta em São Paulo.
O espetáculo “Cores da China: um Caleidoscópio Étnico”, que faz parte da Temporada Cultural da China no Brasil, estará em cartaz no Teatro Gazeta dia 18 de agosto. A entrada é franca, mas os ingressos são limitados. Eles precisam ser reservados na plataforma Sympla.
Show de dança, canto e música
O espetáculo reúne dança, canto e música instrumental, oferecendo um panorama da rica herança cultural chinesa. O cenário leva o público à arte milenar de Dunhuang, à lendária Rota da Seda e às enigmáticas grutas de Mogao, com trajes autênticos, iluminação especial e uma mistura de instrumentos tradicionais chineses e ocidentais.
O Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China vem pela primeira vez ao Brasil. A companhia, fundada em 1953, destaca-se na promoção da diversidade cultural das minorias étnicas chinesas. Ganhador de diversos prêmios nacionais e internacionais, já se apresentou em eventos culturais na ONU em Viena, Camboja, Itália e Rússia.
Patrocinadores
O evento é uma realização do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina), da Universidade Minzu do Noroeste da China e do Ministério da Cultura, através de financiamento da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), com organização da Comissão Nacional de Assuntos Étnicos da China, Embaixada da China no Brasil e Consulado da China em São Paulo, e apoio da CPFL, Instituto CPFL, State Grid, Bank of China, Chinese Bridge Club in São Paulo e Delb.
PROGRAMA
Abertura: Dança “Lar” 3’23”
Coreografia: Kou Liang e Jiancuotai / Elenco: Corpo de baile
“Lar” é o lugar onde a alma encontra paz, é a fonte de energia que une e move todos os chineses. Com uma linguagem corporal expressiva, o espetáculo retrata a integração entre as 56 etnias que compõem a população chinesa, unidas por vínculos fortes como uma grande família. A coreografia destaca a solidariedade e o esforço conjunto para construir um futuro de paz e prosperidade.
— PARTE I —
- Dueto vocal “Anseio” 3’51”
Letra: Tian Di Música: Yin Qing / Interpretação: He Yingqin e Yin Hui
Esta canção que fala de esperança por uma vida melhor ecoa temas centrais do nosso tempo. A letra expressa o desejo por um futuro próspero e a determinação de realizar sonhos antigos.
- Dança “Kucha” 5’00”
Coreografia: Li Qian e Li Mingdong / Elenco: Mubarak Aziguli, Dong Junhan e Zhang Tianshu
A Rota da Seda desempenhou um papel importante no intercâmbio entre as civilizações. As pinturas murais descobertas em grutas da região de Kucha e de outras localidades ao longo dessa rota retratam cenas de música e dança que ilustram o fértil diálogo entre as culturas. Como tributo a esse legado, esta coreografia apresenta uma releitura contemporânea das danças eternizadas naqueles murais, celebrando a beleza e a harmonia que afloram da diversidade cultural.
- Solo de morin huur “Cavalo branco” 3’36”
Música: Aorigele / Interpretação: Bi Eruli
O morin huur é um instrumento de cordas friccionadas tradicional dos mongóis. Este clássico do repertório do “violino mongol” alterna entre momentos de serenidade e intensidade. Nos trechos mais vibrantes, o som evoca a imagem de cavalos galopando livremente pelas vastas pradarias. Nos momentos mais tranquilos, é possível imaginar um cavalo branco brincando mansamente à beira do riacho. As notas pintam um quadro de harmonia entre a natureza e os seres humanos.
- Solo vocal feminino “Rosa vermelha” 3’15”
Letra e Música: Liao Yong / Interpretação: Zhu Zijian
Com uma melodia que evoca a cultura de Xinjiang, região autônoma conhecida por sua diversidade étnica e rica tradição musical, a letra explora o simbolismo da rosa vermelha, flor que representa a paixão e o romance, para retratar a intensidade do amor juvenil.
- Dança “Dunhuang encantada” 5’40”
Coreografia: Li Qian e Li Mingdong / Elenco: Corpo de baile
Inspirada nos afrescos da Gruta 225 de Mogao, em Dunhuang, esta peça traz ao palco a beleza das imagens e a essência espiritual das danças antigas. Os bailarinos, com movimentos graciosos, recriam a elegância e serenidade da arte da dinastia Tang (618-907).
- Solo de flauta de bambu “Nova canção dos pastores” 4’45”
Música: Jian Guangyi / Interpretação: Zhu Taihe
Composição de Jian Guangyi (1966) inspirada em canções folclóricas da Mongólia Interior. Combinando o estilo musical tradicional com uma melodia envolvente, a música evoca imagens das vastas pradarias e captura a essência da vida dos pastores nômades daquela região autônoma.
- Solo de dança “Metamorfose” 4’13”
Coreografia e Interpretação: Liu Baojun
Em movimentos expressivos e simbólicos, este solo de dança explora a jornada de transformação pessoal, inspirada no processo de metamorfose das borboletas. A coreografia celebra a coragem necessária para abraçar mudanças profundas, romper as barreiras do casulo e emergir renovado.
— PARTE II —
- Solo vocal masculino “Estrelas brilhantes” 3’24”
Letra, Música e Interpretação: Niangjijia
Com uma atmosfera criada pela fusão de melodias tibetanas e hip-hop, a letra exalta quem se destaca por seu talento e perseverança, como as estrelas mais brilhantes no céu noturno. Com versos poderosos e uma melodia marcante, a canção inspira o público a buscar seus sonhos, superar desafios e brilhar intensamente.
- Pas de deux “Travessia” 5’50”
Coreografia: Li Tingting e Li Qian / Elenco: Dong Junhan e Zhang Tianshu
Dois seres iluminados, conhecidos como bodhisattvas, são o tema central desta dança inspirada nas pinturas da Gruta 71 de Dunhuang. A coreografia une a estética das pinturas murais com a criatividade dos artistas para transportar o público a um ambiente místico. Ao fundir a cultura milenar chinesa com uma linguagem artística contemporânea, o bailado propõe uma experiência que vai além do que os olhos podem ver.
- Solo vocal feminino “Brisa da primavera” 3’20”
Letra: Shi Shunyi Música: Meng Weidong / Interpretação: He Yingqin
Uma nova era desponta no horizonte, e com ela, ganha força o Sonho Chinês. Esse conceito representa as aspirações individuais e coletivas rumo à renovação. Em uma linguagem poética e vibrante, a letra evoca a energia da primavera como metáfora para o florescimento do país. Mais do que uma ode à prosperidade da nação e seu povo, esta canção é uma declaração de amor e esperança pelos novos tempos que se anunciam.
- Dança “Músicos celestiais” 4’20”
Coreografia: Li Mingdong e Li Qian / Elenco: Corpo de baile
Como num sonho, os seres celestiais das antigas pinturas ganham vida e dançam ao som dos tambores e do alaúde. Recriando a beleza etérea da arte de Dunhuang, a coreografia envolve o público em uma atmosfera mágica, repleta de encanto e esplendor.
- Solo de pipá “Emboscada por dez lados — uma nova versão” 3’56”
Música: Ma Jiuyue / Interpretação: Wang Jie
Ao mesclar elementos contemporâneos com a riqueza do folclore musical do país, esta peça cria uma fusão inovadora. O resultado é uma melodia que, embora ancorada em suas raízes, ganha uma nova dimensão de intensidade. O andamento acelerado nos conduz diretamente ao campo de batalha de um período tumultuado. As notas agudas e enérgicas pintam um retrato sonoro vívido: de um lado, a euforia dos vencedores; do outro, a bravura dos derrotados.
- Dança “Os homens do planalto nevado” 6’10”
Coreografia: Agong Aojiancairang / Elenco: Corpo de baile
Uma homenagem à resiliência dos moradores do altiplano, região conhecida por seu clima inóspito. Os passos enérgicos traduzem a autoconfiança e a bravura características desse povo. Longe de ser um ambiente estéril, o planalto coberto de neve revela-se próspero e cheio de vida. Este é um tributo à conexão profunda entre um povo e sua terra, e à capacidade humana de florescer diante das adversidades.
- Solo vocal masculino “Monte Moni” 4’10”
Letra: Lü Yanwei Música: Masi Batu / Interpretação: Yin Hui
Esta melodia típica da Mongólia Interior exalta a imponência do Monte Moni e o encanto das pradarias que se estendem a perder de vista. Os versos louvam a índole generosa e destemida dos mongóis e a afeto profundo que dedicam à sua terra natal.
Encerramento: “Fruto da Prosperidade Chinesa” 3’22”
Letra: Wang Jianping Música: Saiyin / Interpretação: Zhu Zijian Elenco: Todos os artistas
Encerrando o espetáculo, as diversas etnias que compõem o povo chinês entrelaçam seus destinos ao da pátria, como as sementes de romã que se mantêm unidas em um abraço inseparável. Lado a lado, de mãos dadas e corações em uníssono, todos se empenham na construção de um amanhã radiante e próspero.
Serviço
“Cores Da China: Um Caleidoscópio Étnico”, com o Grupo de Danças da Universidade Minzu do Noroeste da China
Data: 18 de agosto de 2024
Horário: 19:00
Local: Teatro Gazeta, na Av. Paulista, 900 – Bela Vista, São Paulo
Evento gratuito, com reservas via internet pelo Sympla, neste link.
Gênero: Dança
Classificação indicativa: Livre
Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Intérprete de libras na sessão.
OBS: Para maior comodidade, é recomendado chegar 30 minutos antes do horário marcado no ingresso.