A cerimônia de abertura da Paralimpíada ocorreu nesta sexta-feira (4), no estádio Ninho de Pássaro, em Beijing. Assim como ocorreu na Olimpíada realizada em fevereiro, o espetáculo utilizou muita tecnologia, sem deixar de mostrar aspectos da cultura milenar da China.

Até 13 de março, serão 650 atletas de 48 países disputando um lugar no pódio. O Brasil chega à sua terceira edição dos Jogos com um número recorde de competidores, sendo seis representantes ao todo.

Em seu discurso, o brasileiro Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, fez um apelo à paz, lembrando o espírito olímpico de união dos povos. Ele ressaltou que a trégua olímpica não terminou. “O mundo precisa ser um lugar de compartilhamento e não de divisão”.

O presidente da China, Xi Jinping, abriu oficialmente as Paralimpíadas de Inverno, sendo muito aplaudido. A delegação do país anfitrião é formada por 96 paratletas.

Um dos momentos de maior emoção foi a entrada da delegação da Ucrânia, que foi muito aplaudida na hora do anúncio e vários atletas desfilaram visivelmente emocionados. Maksym Yarovyi, do biatlo, levou a bandeira do país durante o percurso e o presidente Parsons celebrou a entrada dos ucranianos de pé.

Ao todo, a cerimônia teve 12 “atos”, com temas distintos, que incluíram muitos efeitos luminosos, música e discursos oficiais. Vale o registro da preocupação da China com a inclusão desde o início dos Jogos. Todos os participantes, incluindo dançarinos e cantores e outros personagens das apresentações, tinham algum tipo de deficiência.

Time Brasil

A delegação brasileira foi representada na cerimônia de abertura pelos esquiadores de cross-country: Aline Rocha e Cristian Ribera. Há seis atletas do país na China, marcando a terceira presença brasileira em Jogos Paralímpicos de Inverno.

Aline Rocha e Cristian Ribera também entraram com a bandeira do país em PyeongChang 2018, nos Jogos na República da Coreia. A paranaense está na terceira participação, enquanto o esquiador natural de Rondônia compete pela segunda vez.

A carreira de Aline também inclui participações nos Jogos Paralímpicos de Verão, na Rio 2016, quando competiu no atletismo (categoria T54), obtendo seu melhor resultado em 1500m (nono lugar). Paraplégica desde os 15 anos por um acidente de carro, ela chega com ambição de melhorar os resultados de há quatro anos.

No caso de Cristian Ribera os Jogos são um estilo de vida familiar, já que ele é irmão de Eduarda Ribera que competiu no cross-country em Beijing 2022. Por motivo da artrogripose múltipla congênita do irmão mais velho, sua família se mudaram para Jundiaí (São Paulo) e daí partiu Cristian tendo as medalhas no horizonte.

O esquiador fez história em 22 de janeiro de 2022, quando obteve a primeira medalha do Brasil em Mundiais de modalidades invernais que fazem parte dos programas Olímpico e Paralímpico. Com a prata conquistada no sprint para atletas sentados no Mundial Paralímpico de Esportes na Neve, ele chega à Beijing como a esperança brasileira de um pódio inédito.

Outro atleta que chega com chance de medalhas este ano é o snowboarder gaúcho André Barbieri, que quebrou o recorde brasileiro e conquistou uma prata e um bronze na Copa do Mundo de Para Snowboard de Kelowna, no Canadá. Antes de se dedicar aos esportes na neve, ele competia em provas de triatlo.

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Imagens: Comitê Paralímpico Brasileiro e Xinhua
* Com informações de Olympics.com e Agência Xinhua
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