A China revelou planos esta semana sobre como pretende colocar suas universidades entre as principais instituições de educação do mundo. De acordo com o jornal South China Morning Post, a ideia do governo chinês é aprimorar uma ampla gama de disciplinas como parte de seu esforço para criar um setor de ensino superior para apoiar o desenvolvimento econômico do país.

O plano lista 147 universidades e mais de 300 de suas disciplinas, de ciências e engenharia às ciências sociais, que serão desenvolvidas e aprimoradas para se tornarem “de primeira linha”.

O projeto destina-se a aprimorar a formação universitária chinesa até 2030, num esforço conjunto dos ministérios da educação e das finanças, juntamente com a agência de planejamento econômico do governo, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Em nota, o governo destacou que os objetivos são desenvolver os melhores talentos para o país, aumentar a competitividade da China internacionalmente, atender às necessidades estratégicas nacionais e incentivar a pesquisa interdisciplinar. Tudo faz parte da visão da China de se tornar uma potência global de educação até 2035.

No ano passado, o Ministério da Educação chinês designou 12 universidades de ponta para estabelecer novas faculdades focadas em construir a vantagem do país em tecnologias de ponta. Com isso, o país irá claramente melhorar o segmento tecnológico do país em um momento de crescentes confrontos sobre tecnologia.

As duas primeiras universidades a decidir sobre as disciplinas que desejam cultivar serão a Universidade de Beijing e a Universidade de Tsinghua, de acordo com o plano.

A intenção é que as instituições assumam a responsabilidade e criem um ambiente propício para que possam se unir à elite intelectual mundial.

A escolha se deu porque Beijing e Tsinghua foram as duas únicas universidades da China no top 100 de quatro importantes rankings globais para as melhores universidades do mundo em 2017, quando o país começou a se preparar para colocar suas instituições de ensino entre as melhores do planeta.

Nos últimos anos, outras instituições chinesas se juntaram às listas globais, incluindo a Universidade Jiao Tong de Xangai, a Universidade Fudan, em Xangai, a Universidade de Zhejiang, e a Universidade de Ciência e Tecnologia da China, na província de Anhui.

Dentre as 331 disciplinas listadas nos planos publicados esta semana, estão 180 disciplinas relacionadas à engenharia, 59 ciências básicas, como matemática, física, química e biologia, e 92 relacionadas à filosofia e ciências sociais, como etnologia e estudos marxistas.

As disciplinas foram escolhidas com base em seu desempenho e nas necessidades do país, de acordo com o plano original.

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