“O Filho da Terra” é uma escultura gigantesca criada em 2016 pelo escultor Dong Shubing. A imagem de um bebê adormecido, feita com blocos de arenito vermelho, mede 15 metros de comprimento, 4,3 metros de altura e 9 metros de largura. É uma das atrações do deserto de Gobi, mais especificamente no condado de Guazhou, província de Gansu.

O nome da obra significa que somos todos “filhos da terra”. O projeto e a construção foram organizados por Shubing, que também levantou os fundos necessários. Ela foi entregue como um presente à população local.

Em entrevista, Dong Shubing, que também é reitor do Departamento de Escultura da Academia de Arte da Universidade de Tsinghua, disse que a razão para a construção do “bebê gigante” era homenagear o estilo de vida local.

A escultura gigante criada por ele parece uma montanha quando vista à distância. A proposta é ser um espaço visual poderoso, em meio ao deserto, numa simbiose entre o ser humano e a natureza.

Ele usou tecnologia de digitalização 3D e gravação CNC para gerar cada bloco dessa intervenção artística pública. A partir do conceito de “escultura pós-urbana”, manifestou no cenário histórico da civilização agrícola na China uma figura com as características da época, realizando a conversa entre tempo e espaço, com ênfase na humanidade.

Deserto de Gobi

O deserto de Gobi, é o maior da Ásia. A maior parte dele está no norte do território chinês, na região autônoma da Mongólia Interior, terceira maior província da China. Também se estende para o sul do país vizinho, a Mongólia.

A nome Gobi vem do termo chinês gēbì (戈壁) que literalmente significa “deserto”. Ele cobre 27,4% das terras da China, com uma área estimada de 1.300.000 km². Além de extensas  dunas de areia grande parte dele é rochosa.

O Gobi era uma passagem estratégica para a Rota da Seda, sendo usado por viajantes, comerciantes e exércitos. O deserto possui importância histórica pelo seu papel como parte do grande Império Mongol.

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