Em 24 de janeiro comemora-se o Dia Internacional da Educação. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações, em celebração ao papel da educação para a paz e o desenvolvimento.

A China tem se destacado em exames de desempenho nacional como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Os chineses lideram o ranking nas três áreas do conhecimento testadas: leitura, matemática e ciências. Isso tem feito com que cada vez mais atraiam alunos estrangeiros para intercâmbios.

Desde o final da década de 1970, o governo chinês faz grandes investimentos em educação. Segundo o Banco Mundial, o país investe 4,3% de seu PIB em educação. Nas últimas décadas novas escolas foram construídas, instalações existentes foram reformadas e o sistema foi reformulado para aumentar a qualidade. O resultado é uma taxa de alfabetização em torno de 94% entre os chineses.

O sistema de educação chinês chama a atenção do mundo todo. No Brasil já existe uma Escola Chinesa Internacional, instalada na cidade do Rio de Janeiro.

A organização do sistema de ensino do país asiático não é muito diferente do brasileiro. A duração dos ciclos de estudo, fundamental e ensino médio, também é de 12 anos. O ensino chinês é obrigatório e gratuito a todos até os 15 anos de idade.

Etapas da Educação

O sistema educacional chinês é constituído de pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e o ensino superior.

Pré-escola

Essa etapa da educação chinesa dura 3 anos, período em que a criança chinesa começa a aprender coisas essenciais, como escrever caracteres e contas básicas de matemática.

Ensino Fundamental

Os alunos chineses entram nessa etapa da educação com 6 anos de idade. Ela é obrigatória e gratuita para todos os chineses. O currículo estimula a formação acadêmica, moral e profissional.

Ensino Médio

Essa etapa é aquela em que o aluno chinês molda o seu futuro. As escolas, nessa etapa, são classificadas em técnicas profissionalizantes e preparatórias para a universidade.

Ensino Superior

O último nível da educação chinesa é totalmente pago. É possível cursar Bacharelado (4 a 6 anos), Mestrado (cerca de 3 anos) e Doutorado (cerca de 3 anos).

Para ingressar na universidade há um tipo de Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na China, os estudantes precisam fazem o Gaokao, uma longa prova dividida em dois dias. Em média 10 milhões de candidatos se inscrevem por ano.

Investimentos

Para os padrões ocidentais o sistema educacional chinês pode parecer bastante rígido, utilizando uma metodologia marcada por memorização e repetições.

Outro aspecto de destaque é que os profissionais da educação são muito valorizados na China. “O professor tem a profissão mais valorizada do país e os alunos estão sempre estudando, não é raro ver muitos estudantes na sala de aula nos intervalos lendo livros, passam o dia na escola e estudam a noite e aos fins de semana se dedicam a aprender instrumentos musicais”, explicou Daniel Veras, que já foi professor de uma universidade chinesa e hoje é pesquisador do Núcleo de Estudos Brasil-China da FGV Direito Rio.

As estruturas físicas das instituições de ensino chinesas geralmente são grandes, com campi amplos e bastante tecnológicos. A maioria dos universitários mora nos dormitórios, pois estudam em período integral.

A China tem se tornado um dos principais destinos de estudantes intercambistas graças ao estímulo do governo, que tem oferecido bolsas de estudo.

O país ocupa oito das dez primeiras posições do Times Higher Education (THE) Emerging Economies University Ranking, na edição de 2019. O levantamento avaliou 442 instituições de 43 países considerados “emergentes”.

O ranking oficial é esse:

  • Tsinghua University (China)
  • Peking University (China)
  • Zhejiang University (China)
  • University of Science and Technology of China (China)
  • Lomonosov Moscow State University (Rússia)
  • Fudan University (China)
  • Nanjing University (China)
  • Shanghai Jiao Tong University (China)
  • University of Cape Town (África do Sul)
  • National Taiwan University (Taiwan)
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