O presidente do Ibrachina, Thomas Law, participou de uma videoconferência com o corpo consular da China no Brasil e representantes do governo chinês, onde foram apresentadas ações do Instituto no biênio 2020/2021. Também estavam presentes líderes de associações e câmaras de comércio do Peru, Argentina e Chile.
Em sua participação, Law agradeceu o convite feito para esse intercâmbio com instituições afins em outros países e os programas culturais e sociais de integração da China com países da América do Sul.
Estavam presentes o vice-cônsul da China em São Paulo, Sun Renan, Chen Peijie, cônsul do Consulado de São Paulo, e o ministro Jin Hongjun, representando o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Também participou a Associação Geral dos Chineses em São Paulo, representado por Fábio Ye.
O Ibrachina foi criado em 2018, com o objetivo de promover a integração cultural entre o Brasil, a China e os países de língua lusófona, lembrou seu presidente.
Os trabalhos não pararam mesmo em meio à pandemia, com a promoção de seminários, workshops, apresentações, projeções na fachada de edifícios, documentários e outros eventos. O destaque foram as ações para promover o Ano Novo Chinês e o desfile da Escola de Samba Unidos da Vila Maria, no carnaval de São Paulo em 2020.
Além disso, o Ibrachina publicou livros comparando o direito brasileiro com o direito chinês, mantendo o apoio constante a grupos culturais chineses no Brasil, como o Tang Yun, e a Escola de Kung Fu Garra de Águia, que realiza apresentações da Dança do Dragão e da Dança do Leão em diversos eventos do Instituto.
Nesse período, também foram realizadas parcerias com o Instituto Confúcio da FAAP, como as celebrações do Ano Novo Chinês de 2020, onde os tambores do Olodum deram o ritmo para as danças do Dragão e do Leão.
O Ibrachina Music Project surgiu nesse contexto de integração cultural, produzindo versões de clássicos da música chinesa em um ritmo brasileiro. O resultado foi a gravação de duas músicas, juntamente com um videoclipe de “Sob a Lima e o Luar” e “A Lua é meu coração”.
Outra realização destacada foram os projetos esportivos e de integração social no Ibrachina Arena, sede do Ibrachina Futebol Clube, onde também treinam os jovens que fazem parte do Ibra Social, de Heliópolis, e do Futuro Brilhante, de São Mateus.
No aspecto social, durante a pandemia o Ibrachina realizou diferentes articulações com o poder público e empresas privadas para a doação de equipamentos de segurança para profissionais da saúde (EPIs), equipamento médico-hospitalar, para diversos estados. Além disso, um container ISO de oxigênio, recursos financeiros e cestas básicas foram entregues para Manaus no auge da crise sanitária na região Norte. Esse processo foi conduzido em constante colaboração da Embaixada da China no Brasil, do consulado da China em São Paulo, e de empresas chinesas.
Como a fome é um dos efeitos colaterais da pandemia no Brasil, o Ibrachina conseguiu promover a distribuição de toneladas de alimentos para comunidades carentes, como Heliópolis e Paraisópolis. Somente junto ao Fundo Social do Governo do Estado de São Paulo, liderado pela primeira dama, Bia Dória, foram 50 toneladas.
Thomas Law ressaltou ainda que “todo este trabalho angariou reconhecimento em todas as esferas. No município de São Paulo, a Câmara de Vereadores instituiu o Dia do Imigrante Chinês, em projeto de autoria da vereadora Edir Sales; Também tivemos o Dia Municipal de Comemoração SocioCultural Ibrachina, com lei de autoria da vereadora Adriana Ramalho, celebrado junto com o Festival da Lua; E a instituição do Dia Nacional da Imigração Chinesa no Brasil, sancionado pelo ex-presidente Michel Temer”.
Abordando as perspectivas para os próximos anos, o Ibrachina trabalha para incentivar ainda mais essa integração sino-brasileira. Estão previstas a produção de seis videoclipes com músicas chinesas interpretadas por brasileiros, e um videomapping para celebrar o Ano Novo Chinês.
Em colaboração com a China Law Society, a Ordem dos Advogados do Brasil, a USP e da Universidade de Shangai, o Instituto lançará um livro com artigos de advogados brasileiros e chineses.
Assim que as viagens internacionais se normalizarem, o Ibrachina pretende levar o grupo de afroreggae Olodum, reconhecido internacionalmente, para apresentações em solo chinês. Também está sendo construído, com equipes de esportistas, a promoção das comemorações do Dragon Boat Festival no Brasil.
Junto à mídia, além do lançamento do Observatório do Coronavírus – que desmascarou algumas notícias falsas sobre o surgimento do vírus e o questionamento da eficácia das vacinas – há um projeto para a divulgação no Brasil das Olimpíadas de Inverno de Beijing 2022, em parcerias com mídias chinesas.
Há planos para a produção de uma websérie com depoimentos de brasileiros que fizeram intercâmbio ou moraram na China a trabalho, relatando suas experiências e os aspectos positivos dessa vivência.
Outro projeto em análise é a criação de um Memorial da Integração Brasil-China, através de uma plataforma que ofereça uma experiência virtual em 360º, como a exibição de documentos, registros, fotografias, vídeo-testemunhos e tudo que for relevante para contar a história da imigração chinesa no Brasil.
