Beijing 2022 teve seu último adeus com uma emocionante e nostálgica Cerimônia de Encerramento, realizada no Estádio Nacional, no Ninho do Pássaro nesta domingo (13)

Na projeção de LED no chão no estádio, um disco de vitrola foi o elemento principal, simbolizando a ideia de eternizar na memória os momentos inesquecíveis dos Jogos Paralímpicos de Inverno Beijing 2022.

O parasnowboarder André Barbieri representou o Brasil na cerimônia, carregando a bandeira do país até o centro do palco do Ninho do Pássaro.

O porta-bandeira brasileiro André Barbieri na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Paralímpicos de Inverno Beijing 2022.

Ao longo de seus nove dias, o evento teve quebra de recordes e viu a China estabelecer um novo padrão alto de uso de tecnologia e de energia “verde”.

A Cerimônia de Encerramento manteve a estética e a programação que marcaram a disputa olímpica e paralímpica na capital chinesa. Nada de grandes apresentações e pessoas famosas. A opção foi pelo uso  da luz e música para emocionar e encantar, apelando para a memória e as emoções das pessoas.

O principal tema foi a simulação de um toca-disco, que ditou o ritmo das despedidas, após quase dois meses em que a China foi o centro das atenções no esporte mundial, com a Olimpíada em fevereiro e a Paralimpíada em março.

Em determinado momento, o disco se tornou um relógio, marcando na história todos os grandes acontecimentos de Beijing 2022. A agulha da vitrola foi interrompida e, em seguida, a chama Paralímpica foi extinta.

Como na abertura, o discurso de Andrew Parsons, presidente do IPC, apresentou nova mensagem antiguerra. “Na Vila Paralímpica vocês conviveram com diferentes países e diferentes deficiências. A diferença aqui não nos dividiu. Ela nos uniu para um futuro compartilhado”, asseverou.

Um show de fogos de artifício foi o último capítulo da despedida dos Jogos em Pequim, a primeira cidade a sediar edições Olímpicas e Paralímpicas de Verão e de Inverno.

Quadro de medalhas

De certa maneira, a invasão da Rússia à Ucrânia teve um reflexo sobre os jogos, uma vez que o país não sabia se conseguiria participar do evento até dias antes da Cerimônia de Abertura. Uma força-tarefa conseguiu tirar a delegação ucraniana do país e levá-la à China.

O resultado foi o país obtendo o melhor desempenho da história, com 29 medalhas no total. A nota triste ficou com a situação de Anastasiia Laletina, que precisou abandonar a disputa porque seu pai foi capturado pelo exército russo.

A China terminou a competição em primeiro lugar, com 18 ouros, 20 pratas e 23 bronzes. Apesar da guerra, a equipe da Ucrânia foi aos Jogos e saiu em segundo lugar no quadro geral de medalhas, com 11 ouros, 10 pratas e 8 bronzes. Logo em seguida veio o Canadá, com 8 de ouro, 6 de prata e de 11 bronze.

O Brasil não conquistou medalhas nessa edição das Paralimpíadas. Mesmo assim, teve marcas importantes. Aline Rocha ficou no Top 10 em suas três provas individuais. Cristian Ribera foi o nono no Sprint, e os demais atletas alcançaram seus melhores resultados pessoais. O balanço final foi de otimismo para chegarem forte daqui quatro anos, na edição de Milão e Cortina d’Ampezzo, na Itália.

* Imagem: Xinhua e Olympics.com

 

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