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O Brasil está fincado no epicentro mundial dos estudos com os testes das principais vacinas desenvolvidas contra o novo coronavírus. A importante posição dará ao país privilégios no recebimento e distribuição dos imunizantes. Mas isso não é tudo para os produtos chegarem ao mercado. Ao fim das pesquisas, caberá a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dar o registro, ou seja a liberação, aos fármacos.

Em um esforço sem precedentes na história, a entidade deverá avaliar os documentos fornecidos pelos laboratórios em até 30 dias. O prazo máximo será de 60 dias. Para se ter uma ideia, antes da pandemia, um aval desse porte levaria até um ano.

Paralelamente a essa decisão, a organização constituiu um comitê especial para avaliar as autorizações para estudos científicos e liberação de vacinas e medicamentos ligados à Covid-19. O time tem aproximadamente uma dezena de participantes (entre estatísticos, biomédicos e farmacêuticos) e se reúne entre três e cinco vezes na semana para dar um parecer sobre as documentações que chegam à organização. 

 

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Em junho, dois meses antes de um lote de carne de frango exportado pelo Brasil testar positivo para Covid-19, a China já havia detectado o novo coronavírus em carne bovina brasileira enviada ao país. A revelação foi feita pelo presidente da Câmara de Comércio Internacional Brasil-China (CCIBC), Charles Tang, em entrevista à Globo Rural. “Em todas estas ocasiões, o governo chinês pediu explicações. Os frigoríficos brasileiros suspenderam as exportações para a China por iniciativa própria, não foi uma imposição chinesa”, lembrou.

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Dados preliminares de um estudo desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) indicam que o hormônio irisina — liberado pelos músculos durante atividades físicas — pode ter efeito terapêutico em casos de covid-19. Em testes feitos em laboratório, ao analisar dados, os pesquisadores observaram que o hormônio tem um efeito modulador em uma linhagem de células adiposas — responsáveis por armazenar gordura e regular a temperatura do corpo — em genes associados à reaplicação do vírus SARS-CoV-2 no corpo humano. Ou seja, a substância diminui a expressão dos genes da proteína que o vírus se liga e, se não tem proteína, o vírus apresenta dificuldade para infectar a célula.

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Uma pesquisa brasileira, ainda não publicada, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e outras instituições brasileiras, mostra quais são os 11 sintomas mais frequentes em pacientes com o novo coronavírus. Os pesquisadores são responsáveis pela EpiCovid, o maior estudo sobre a prevalência da doença no país. Eles testaram e incluíram no estudo 31.869 pessoas de 133 cidades de todos os estados brasileiros.

No topo dos sintomas estão a dor de cabeça, mudança no olfato ou paladar, febre, tosse e dor no corpo, seguidos por dor de garganta, diarreia, dificuldade de respirar, tremores, palpitação e vômito.

Milhares de estudantes em uma universidade belga coletarão semanalmente, a partir de setembro, uma amostra de sua saliva para um teste rápido de Covid-19, substituindo os cotonetes – um dos maiores experimentos da Europa com o novo método de teste. O teste piloto pode ser aplicado em outras universidades, escolas ou empresas se tiver sucesso na identificação mais rápida de grupos de infecções entre estudantes.

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 50 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 167 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 1,1 milhão casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com mais de 53 mil óbitos.

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Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira:

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