Foto de capa: Xinhua

A Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca anunciaram, nesta segunda-feira (26), que a vacina que estão desenvolvendo contra a Covid-19 induziu “uma forte resposta imune” em idosos durante testes de fase 2 feitos no Reino Unido. Os resultados preliminares dos testes serão publicados “nas próximas semanas” em revista científica, segundo a Oxford.

A vacina de Oxford é uma das quatro que passam por testes de fase 3 no Brasil – a última etapa antes que possa ser liberada para uso geral.

 “É encorajador ver que as respostas de imunogenicidade foram semelhantes entre adultos mais velhos e mais jovens e que a reatogenicidade [geração de efeitos adversos] foi menor em adultos mais velhos, nos quais a gravidade da Covid-19 é maior”, disse um porta-voz do laboratório.

O Brasil tem, ao menos, 11 projetos de candidatas a vacina contra a Covid-19. Todos estão sendo desenvolvidos em universidades e instituições de pesquisa públicas do país. Os projetos para criar um imunizante nacional contra a doença causada pelo novo coronavírus ainda estão em fases iniciais de pesquisa. Não há previsão de que entrem em testes com humanos ou de que tenham seus estudos concluídos antes das candidatas estrangeiras que já passam por ensaios clínicos no país.

As vacinas em testes contra a Covid-19 têm buscado estimular duas respostas do sistema de defesa: uma é a geração de anticorpos que neutralizam o vírus e a outra é a resposta do sistema imune celular, que envolve as células T.

Na China, a Comissão Nacional de Saúde previu que a capacidade anual de produção de vacinas contra a COVID-19 deve chegar a 610 milhões de doses até o fim deste ano.

A capacidade produtiva continuará a se expandir no próximo ano para atender às demandas por vacinas para COVID-19 na China e em outros países, disse Zheng Zhongwei, funcionário da comissão, em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira em Beijing.

Como um bem público, as vacinas terão seus preços fixados de acordo com o custo e não de acordo com a oferta e a demanda, afirmou Zheng. O preço das vacinas contra a COVID-19 da China será acessível ao público, acrescentou. A prioridade de vacinação deve ser dada a determinados grupos com alto risco de exposição ao vírus, disse Zheng.

Além disso, a Comissão declarou que a inoculação de emergência com vacinas experimentais contra COVID-19 é uma forma necessária de proteger a vida e a saúde dos trabalhadores essenciais e outros grupos de alto risco.

Zheng acrescentou que o lançamento do programa de inoculação de emergência, sob leis e regulamentos relacionados, foi rigorosamente revisto e atende às regras pertinentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). O programa também foi revisado por especialistas jurídicos, éticos e clínicos. O programa também foi reportado ao escritório de representação da OMS na China e obteve seu apoio, acrescentou.

Segundo Zheng, antes que as vacinas selecionadas sejam utilizadas para inoculação de emergência, elas obtiveram aprovação para entrar na terceira fase de testes clínicos. Os dados dos ensaios coletados até agora forneceram novamente provas de sua segurança e eficácia.

Os hospitais da Bélgica podem ficar sem leitos de UTI em 2 semanas se o número de internações continuar a aumentar no ritmo atual, afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde do país, Yves Van Laethem. Em meio ao avanço da segunda onda de infecções do novo coronavírus na Europa, o país vê o número de pacientes em unidades de terapia intensiva dobrar a cada oito dias.

O país de 11 milhões de habitantes tem a segunda maior taxa de infecção da Europa, atrás somente da República Tcheca, onde os novos casos de Covid dobram a cada 13 dias.

Na terça-feira (20), a Bélgica bateu recorde de infectados: mais de 18 mil, quase 10 vezes o valor do pico da primeira onda da pandemia. A região de Bruxelas ordenou no sábado (24) o fechamento de todas as instalações esportivas e culturais. Um toque de recolher mais duro passa a vigorar nesta segunda-feira (26).

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O gráfico oficial mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número casos acumulados de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil chega aos 13 mil em apenas 24 horas, em comparação com a avaliação feita no dia anterior. No site é possível ver também o número de óbitos e de pessoas recuperadas da COVID-19.
O panorama geral feito pela Universidade John Hopkins, dos EUA, mostra que foram identificados mais de 267 mil novos casos de infectados pelo coronavírus no mundo em apenas 24 horas. EUA lideram os rankings de confirmados, seguido pelo Brasil, com mais de 3,5 milhões de casos. Em relação ao número de óbitos, o Brasil ocupa atualmente o 2º lugar no ranking mundial, com quase 113 mil óbitos.

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