Um projeto de exploração espacial fora do Sistema Solar foi anunciado pelo governo chinês em 2019. O objetivo da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China – CASC é encontrar planetas adequados para a vida. Uma série de naves com telescópios, detectores infravermelhos e outros sensores será lançada para procurar água e medir características que garantem a sobrevivência dos mais diferentes organismos presentes na Terra.

O diretor executivo da CASC, Yuan Jie, anunciou também uma missão de exploração em Marte em 2020. Os chineses pretendem construir uma estação orbital perto da Terra e uma base na Lua, que será concluída até 2045. No ano passado, a China colocou em órbita quase 30 naves espaciais, tornando-se líder entre os países que investem neste setor.

Testes com um módulo de pouso foram realizados em uma instalação em Huailai, cidade da província de Hebei – Foto: AP Photo / Andy Won

O Programa Espacial Chinês teve início em 1956 através de uma parceria entre o país e a União Soviética. O projeto de cooperação nas áreas da ciência, tecnologia espacial e desenvolvimento de foguetes durou até 1960, quando as duas nações romperam relações. A China continuou desenvolvendo seu programa de forma independente e começou a realizar lançamentos comerciais ao espaço em 1985.

Zhang Xiaoguang, Nie Haisheng e Wang Yaping, tripulantes da missão Shenzhou-10, após seu retorno à Terra em 2013 – Foto: Xinhua

A China foi o terceiro país a pousar uma sonda na Lua. A conquista foi alcançada na face escura do satélite natural, mais conhecida como o lado oculto. O Programa Espacial Chinês é marcado por um ritmo lento e constante, além de capacidades significativas. As novas conquistas são motivo de orgulho nacional e impulsionam os avanços tecnológicos. O programa recebe anualmente cerca de US$ 8 bilhões e fica atrás somente dos EUA no que diz respeito à liberação de verbas para projetos espaciais. Em 2018 o governo revelou o módulo principal de sua estação espacial, chamado Tianhe-1:

Compartilhar.