Celebrado há mais de dois mil anos, o Festival do Barco do Dragão (Duānwǔ Jié) acontece no dia 07 de junho e entrou para a lista de Patrimônios Culturais Imateriais da Humanidade da UNESCO. O dia homenageia Qu Yuan (340-278 a.C.), um ministro da antiguidade chinesa que atuou no Estado de Chu e ficou conhecido por apresentar muitas propostas favoráveis ao povo.

Flickr: Ulzmay Galera

Na época, a nobreza ficou descontente com tais medidas populistas e decidiu enviar o ministro para o  exílio em uma região próxima. Tempos depois, o Reino de Chu foi invadido pelo rival Reino de Qin e a capital foi conquistada pelos inimigos.

Qu Yuan ao saber do acontecido teria se afogado propositalmente no Rio Miluo, no quinto dia do quinto mês lunar. A população local tentou localizar seu corpo no rio tocando tantãs e tambores de dentro dos barcos. Não conseguiram salvá-lo. Para evitar que seu corpo fosse comido por peixes e camarões, as pessoas jogaram bolo de arroz aos predadores.

Flickr: Markus Bahlmann

Com o tempo, tornou-se um costume jogar bolinhos de arroz (zongzi) ao Rei Dragão e comer uma espécie de pamonha chinesa. Os sabores do recheio são diversos, podendo variar entre porco, ovo, cogumelos, entre outros. Em outras regiões da China, as homenagens envolvem ofertar ramos de artemísia na porta antes do nascer do sol. Ao norte, a tradição é comer ovos cozidos e no sul, bebe-se aguardente Xionghuang.

Além da China, o festival acontece em mais de 50 países no mundo todo. Os barcos em forma de dragão são confeccionados especialmente para a data. Alguns são utilizados em competições de corrida onde o objetivo é chegar em primeiro lugar usando apenas o auxílio de remos. Na ponta de cada barco, um membro da equipe toca um tambor para incentivar os demais a continuarem remando.

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