Singapura é uma ilha localizada ao sul da península da Malásia, sendo uma cidade-estado pouco maior que Vaticano e Mônaco. Apesar de pequena, é um dos países mais avançados do mundo. Também é lar de uma Chinatown, isso é, uma grande comunidade chinesa que mantém preservadas sua cultura milenar, incluindo tradições,festas, costumes e muito mais.

Para falar sobre este bairro chinês precisamos voltar dois séculos para entender o chamado “Plano de Jackson”, de 1822, que dividiu partes iguais da cidade-Estado de Singapura para diferentes grupos étnicos.

Os chineses foram alocados na área sudoeste do rio Singapura, dando origem à Chinatown daquele país, que cresceu e contribuiu para o desenvolvimento local.

A presença dos chineses ajudou a moldar a paisagem física de toda a ilha, um exemplo são os “caminhos de cinco pés”, uma passarela coberta, com um metro e meio de extensão,  construída para proteger os pedestres da chuva ou do sol.

Outro grande destaque da Chinatown em Singapura foram os dialetos preservados. Cada grupo de dialeto ocupou seu espaço naquela Chinatown, preservado por associações de clãs e atendendo às necessidades coletivas dos grupos.

200 anos de história

Duzentos anos depois temos uma história de desenvolvimento, com um dos PIBs per capita mais altos do mundo, 6,6 vezes maior do que o do Brasil.

O país mantém uma sociedade multirracial e multicultural com chineses, indianos e muçulmanos convivendo harmoniosamente, mantendo, inclusive, vários templos indianos, mesquitas e igrejas.

A comunidade chinesa de Singapura se expandiu e agora conta com uma segunda Chinatown, no bairro de Geylang, que emergiu com um caráter diferente, tendo recebido o nome de “Chinatown do Povo”.

Como a Chinatown original atraía muitos turistas, os preços de aluguel subiram. Parte dos chineses acharam que precisavam restabelecer o conceito de Tang Ren Jie, 唐人街, (Rua do povo Tang). Rapidamente abriram ali novos comércios e também realocaram espaços antigos, como o Templo Soon Thian Keing, fundado antes da colonização britânica, em 1819.

 

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